"sua realidade segura por um fiapo de cabelo"

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Revolta Popular – Riot São Paulo 18 junho 2013

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A manifestação teve início as 17hrs em frente a Prefeitura Municipal de São Paulo. Contudo após a ação direta de alguns manifestantes ao tentar ocupar a Prefeitura e mover a GCM (Guarda Civil Metropolitana) para dentro do prédio. Os manifestantes puderam agir e a revolta teve início.

Barricadas foram montadas nas principais vias de acesso a Prefeitura, um automóvel da Rede de Televisão Record foi incendiado, antes disso tentaram capotar o veículo, mas sem sucesso.

O ato teve como principal alvo os Bancos Itaú, Itaú Premiere e Bradesco, bancos que lucram com juros e débitos de correntistas. No ano de 2012 o Itaú Unibanco¹ teve lucro líquido recorrente de R$ 14 bilhões. E o Banco Bradesco² com lucro líquido de R$ 11,381 bilhões. Apesar da destruição das agências os Bancos continuam lucrando diariamente com a desgraça de grande parte da população endividada.

Também foram atacadas as lojas McDonalds, Americanas, Marisa e algumas outras da região da Praça do Patriarca. Podemos enquadrar os Atos como Revolta Popular Anti-Capitalista.

Nos dois sentidos do viaduto do Chá foram feitas barricadas para impedir a passagem da Tropa de Choque. As bandeiras do Estado e do Município foram removidas dos mastros incendiadas.

Dentre as tendências presentes, vimos que nacionalistas de Extrema Direita também fizeram ações, acompanhados por despolitizados que em sua maioria carregava a bandeira nacional. Esse grupo removeu umas das bandeiras incendiadas e ostentaram na frente do Teatro Municipal, lá começou o ato deste grupo que cantou hinos e pediu por pautas sugeridas pela mídia hegemônica. Contudo era minoria diante das diversas tendencias politicas presentes.

Vimos a presença da ESPN que gravou grande parte da Revolta, além da mídia independente.

Não deixamos de lembrar que o estopim teve início a partir da revindicação popular pela redução das tarifas de Transporte Público na Capital do Estado do São Paulo, a partir da chamada por Atos Unificados o Movimento Passe-Livre revindicou a redução imediata do aumento das passagens e a Tarifa Zero do transporte coletivo como direito social.

Fonte: [1] Itaú Unibanco encerra 2012 com lucro líquido recorrente de R$ 14 bilhões -https://www.itau.com.br/imprensa/releases/itau-unibanco-encerra-2012-com-l ucro-liquido-recorrente-de-r-14-bilhoes.html

[2] Lucro recorde do Bradesco em 2012 é o 4º maior da história dos bancos do país
http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/01/28/lucro-do-bradesco-em-2012-e-o-maior-da-historia-do-banco.htm

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Citação

:: Ode ao burguês :: Ópera do Bom Burguês ::

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:: Ode ao burguês ::  Mário de Andrade [1922]

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! Os condes Joões! Os duques zurros!
Que vivem dentro de muros sem pulos,
e gemem sangue de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os “Printemps” com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará sol? Choverá? Arlequinal!
Mas as chuvas dos rosais
O êxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
Ao burguês-cinema! Ao burguês-tiuguiri!

Padaria Suíssa! Morte viva ao Adriano!
_ Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
_ Um colar… _ Conto e quinhentos!!!

_ Más nós morremos de fome!

Come! Come-te a ti mesmo, oh! Gelatina pasma!
Oh! Purée de batatas morais!
Oh! Cabelos na ventas! Oh! Carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte á infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados
Ódios aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!

De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a central do meu rancor inebriante!
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!
Fora! Fu! Fora o bom burguês!…

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:: Ópera do Bom Burguês ::  Cia Estudo de Cena (companhiaestudodecena.com.br)

Burguês:
Entenda cidadão.
Se a farinha não se misturar com o fermento
Como se faz para crescer o pão?
Afinal, todos querem um aumento!

Burguês e empregada:
A sociedade é como esta receita
O povo, farinha do mesmo saco,
Precisa do fermento, o rico, sem suspeita
E não me encha o saco!

Empregada e burguês:
Não devemos mais lutar
Esqueçam nossa posição oposta
Todos terão lugar
Nesta mesa posta.

Coro dos trabalhadores:
Mas quem lava os pratos?
Quem tem fome de pão?

Burguês – citado:
Um outro mundo é possível!
Não perca a esperança
Sem a tempestade terrível
A corda não balança.

Burguês:
Fóruns, conselhos
Debates, pentelhos
Tudo para ouvir o pobre diabo
Tudo para ouvir o diabo do pobre

Empregada:
Vamos conversar
Para nada alterar
Um pacto social
Um ato inaugural
Burguês e empregada:
Para o rico triunfar!

Empregada – citado:
Negociar é um grande negócio para a humanidade
Andaremos na corda bamba com tranquilidade.

Coro dos trabalhadores:
Somos contorcionistas do presente, não temos coisa melhor
Se o corpo trava de antemão
Nossa bunda leva a pior
E o diabo amassa o pão.
(Passa a mão)

Burguês e empregada:
Ao final da corda, um acordo.
O pulo mortal para o reino das maravilhas
Seu corpo amortecido por mil mercadorias
Ao final da corda, um acordo.

Coro dos trabalhadores:
Ô da corda, ACORDA!
Este acordo enforca.

Somos pessoas em liquidação
Não é permitida a devolução .

O da corda, DISCORDA!
Este acordo enforca.

Burguês e empregada:
Entenda cidadão.
Se a farinha não se misturar com o fermento
Como se faz para crescer o pão?

Coro dos trabalhadores e empregada:
Temos uma solução para este assunto
O bom burguês
é um burguês defunto!

Burguês:
Mas o que é isso?!

Coro dos trabalhadores e empregada:
Temos uma solução para este assunto
O bom burguês
é um burguês defunto!

Burguês:
Eu sou amigo da minha empregada!

Coro dos trabalhadores e empregada:
Temos uma solução para este assunto
O bom burguês
é um burguês defunto!

Burguês:
Eu vou chamar chamar a polícia!

Coro dos trabalhadores e empregada:
Temos uma solução para este assunto
O bom burguês
é um burguês defunto!

Burguês:
Será que se morre de susto antes da queda?
Esfomeado:
Boa idéia! Pão com presunto!
Criança:
Hum! Que delícia!

Burguês:
Entenda cidadão.
Se a farinha não se misturar com o fermento
Como se faz para crescer o pão?
Afinal, todos querem um aumento!

Burguês e empregada:
A sociedade é como esta receita
O povo, farinha do mesmo saco,
Precisa do fermento, o rico, sem suspeita
E não me encha o saco!

Empregada e burguês:
Não devemos mais lutar
Esqueçam nossa posição oposta
Todos terão lugar
Nesta mesa posta.

Coro dos trabalhadores:
Mas quem lava os pratos?
Quem tem fome de pão?

Burguês – citado:
Um outro mundo é possível!
Não perca a esperança
Sem a tempestade terrível
A corda não balança.

Burguês:
Fóruns, conselhos
Debates, pentelhos
Tudo para ouvir o pobre diabo
Tudo para ouvir o diabo do pobre

Empregada:
Vamos conversar
Para nada alterar
Um pacto social
Um ato inaugural
Burguês e empregada:
Para o rico triunfar!

Empregada – citado:
Negociar é um grande negócio para a humanidade
Andaremos na corda bamba com tranquilidade.

Coro dos trabalhadores:
Somos contorcionistas do presente, não temos coisa melhor
Se o corpo trava de antemão
Nossa bunda leva a pior
E o diabo amassa o pão.
(Passa a mão)

Burguês e empregada:
Ao final da corda, um acordo.
O pulo mortal para o reino das maravilhas
Seu corpo amortecido por mil mercadorias
Ao final da corda, um acordo.

Coro dos trabalhadores:
Ô da corda, ACORDA!
Este acordo enforca.

Somos pessoas em liquidação
Não é permitida a devolução .

O da corda, DISCORDA!
Este acordo enforca.

Burguês e empregada:
Entenda cidadão.
Se a farinha não se misturar com o fermento
Como se faz para crescer o pão?

Coro dos trabalhadores e empregada:
Temos uma solução para este assunto
O bom burguês
é um burguês defunto!

Burguês:
Mas o que é isso?!

Coro dos trabalhadores e empregada:
Temos uma solução para este assunto
O bom burguês
é um burguês defunto!

Burguês:
Eu sou amigo da minha empregada!

Coro dos trabalhadores e empregada:
Temos uma solução para este assunto
O bom burguês
é um burguês defunto!

Burguês:
Eu vou chamar chamar a polícia!

Coro dos trabalhadores e empregada:
Temos uma solução para este assunto
O bom burguês
é um burguês defunto!

Burguês:
Será que se morre de susto antes da queda?
Esfomeado:
Boa idéia! Pão com presunto!
Criança:
Hum! Que delícia!

florestanfernandes


Vídeo

Pela Educação! Contra a política de educação do governo Alckmin 07 de outubro de 2013

“Escuta o que vou te dizer… Geraldo Fascista vá se fod3r e leva o Cabral, com você. o balance, balance.”

“O professor é meu amigo mexeu com ele mexeu comigo”

“Da copa, da copa eu abro mão, eu quero meu dinheiro pra saúde e educação”

“Vem, vem, vem pra rua vem contra o Governo…”

“Lutar… Criar… Poder Popular…”

“não estudou, vá estudar, pra não virar policia militar.”

“Fascistas! Fascistas! Não Passarão!”

“Só olhar não vai mudar…”

“O Povo unido não precisa de partido…”


Vídeo

“saia deste corpo que não te pertence…”, Gorfando o patriotismo e o nacionalismo.

A humanidade e os povos não tem fronteiras, somos a mesma espécie de animais classificados como humanos, esta é uma das únicas certezas que somos. E pertencermos a este bioma ou este organismo vivo que é o ambiente a nossa volta, animais e todos os seres vivos que dividem os espaços e ambientes conosco. Sem esquecer que nós seres humanos também fazemos parte deste organismo vivo.

gorfando_o_patriotismo

Além de não importar em qual parte do globo e em que terreno você nasceu, aquela terra como unidade nacional, foi limitada por uma ideia de criar uma possível unidade agremiando os povos com culturas distintas, autenticas e únicas, que pouco cabem numa fronteira espacial, apenas flutuam em muitos espaços comuns.

Não podemos nos limitar a crer nessa ideia de fronteira e nem conceber ou legitimar esses símbolos ideológicos nacionalistas criados, junto com a carga cultural de culto aos “heróis nacionais”. Desconstrua essa ideologia carregada que todos aprendem desde pequenos, cultuando nas escolas, com os esportes massificados e televisionados, e também em muitas outras esferas.

Sobre o futebol e Copa, o vemos como um controle ideológico, devido a grande especulação televisiva e da cultura de ser espectador, massificada pelos meios midiáticos, se não fosse esse além de exaltar a competição e a vitória a todo custo no futebol, e trazer com ela a ideia nacionalista pouco evidente para os leigos sobre a copa, de dividir os esportista por uniforme, bandeira e hino, e por fim promover uma competição.

Contudo há o paradoxo que valoriza a multiculturalidade, em que o sujeito esportista ao dividir espaços, socializar e ter contato com diversas culturas autenticas, outras concepções de mundo de sujeitos de várias regiões do globo, com isso é possível que ele, o esportista, caia em si sobre a fraternidade dos povos. Essa agremiação de povos é saudável.

Mas há toda uma carga negativa de uma esfera falsa criada, pois seu objetivo (a COPA) é o lucro e a partilha com os patrocinadores, ou seja, custo social ZERO, além de promover alta militarização dos lugares onde há a Copa, o dinheiro público é investido em armamento, sob o pretexto antiterrorista. Além de o Estado socializar com a população os custos dos Estádios, promove remoções forçadas e violentas, violações dos direitos humanos e não promove em variável alguma a seguridade social.

Quanto ao telespectador ou espectador que está no estádio ou em casa, a limitação da quadra é o que repercute à população: competição, bandeira e hino (valorizando os símbolos nacionais, processo de educação ideológica nacionalista), e diferença dos povos por uniforme carimbado com a bandeira nacional.

Podemos destacar o processo constante de valorização ou massificação da cultura futebolística, que está ligada ao Estado, é promovida constantemente por gerações e gerações de governos, democráticos e não democráticos. Observamos como aspectos resultantes: a grande doutrinação da população à cultuar este esporte massificado com a televisão, com o comércio de itens ligado ao futebol, promovendo a ideologia competitiva, o uso de símbolos nacionais e sua ostentação, a legitimação de fronteiras e Estados, além do grande Capital envolvido com o evento. O indivíduo alienado e ignorante que usa os símbolos nacionais em paralelo a idolatria ao futebol, que muitas vezes pouco sabe da origem dos símbolos e qual cultura ostenta, além de ser ignorante quanto a história do símbolo, pouco está ciente que está de acordo com senso comum. Também sem saber que está flertando com a construção ideológica nacionalista; militarista; traz um tanto de aspectos da cultura do velho Estado Monárquico; de uma velha República; de violência, segregação, escravidão, extermínios, pena de morte, de oligarquias e por fim capitalista rudimentar e de Estados não democráticos.

Sobre a bandeira, desconstrua e ajude a desconstruir, esclareça outros a sua volta, sobre essa ideologia dos símbolos nacionais e o patriotismo. Seja pela humanidade, fraternidade e irmandade dos povos, sem fronteiras, sem bandeiras.

ANTI_NACIONALISMO

Encontrei essa figura com o seguinte texto abaixo, esclarece sobre o significado dos símbolos. Adicionei algumas informações entre chaves “[ … ]”.

Fonte: http://www.anarquista.net/evolucao-da-bandeira-brasileira/

“Quando o Bra$il se tornou “independente” e quem assumiu o trono foi a própria família imperial portuguesa, esta foi a bandeira adotada, O verde é a cor da casa imperial de Bragança e o amarelo a cor da Casa de Habsburgo. O losango é uma referencia a maçonaria.

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Fig 1. [Bandeira do Império do Bra$il, por Debret].

Esta é a Bandeira provisória da República que foi “proclamada” por “militares”[a rústica ordem armada e bélica daquela época] sem participação popular e sem nenhuma resistência por parte da família imperial, estranhamente as cores da casa imperial ainda são mantidas e pelo desenho da bandeira fica clara a influência externa nessa ação militar.

Flag_of_Brazil_15-19_November.svg

Fig 2. [Primeira Bandeira Republicana, criada por Ruy Barbosa, usada entre 15 e 19 de novembro de 1889. (Fonte: Wikipedia / em outubro 2013)].

Essa é a bandeira atual adotada por positivistas militares é a mesma bandeira do império onde além da referencia maçônica se vê ao centro o cruzeiro do sul como uma forma de ressaltar o poder da religião católica sobre o povo.

de ponta cabaça mesmo.

de ponta cabaça, contra o nacionalismo que ela ostenta.

Fig 3. [Foi criada uma nova bandeira nacional, em 19 de novembro, com o lema positivista, “Ordem e Progresso”. Foram mantidas as cores verde e amarela da bandeira imperial. (Fonte: Wikipedia / em outubro 2013).]

E você aprendeu na escola que o verde eram as matas e o amarelo o ouro… Nas manifestações não levem bandeiras não cantem o Hino Nacional! O ufanismo e o patriotismo são valores fascistas que a extrema direita adora! (…) Essa revolta não é nacional é mundial [global]! Contra todo um sistema!”

Sobre as Ruas e o contexto político atual, segue a letra para reflexão:

Hino à Rua – Letra

Ela é mais que o asfalto onde eu piso
Ela é o caminho que nos leva à liberdade
Quando os povos oprimidos a conquistam
É a parte mais bonita da cidade
É ela quem escuta os nossos gritos
O riso, o choro, o lamento de dor
As bombas, disparos, os golpes brutais
De quem pratica a guerra e fala em paz

[Refrão]
Ela é dos cantos, das batucadas
É o povo unido quem a detém
É das bandeiras, das barricadas
Ela é de todos porque é de ninguém
Não é dos chefes, nem dos patrões
Não é uma posse, não é um bem
Nem dos Estados, nem das nações
Ela é de todos porque é de ninguém

OUÇA E ASSISTA ::

Hino à Rua — Canção das manifestações de junho e julho (2013). | Música e Video :: Coletivo Baderna Midiática | Música inspirada na canção da resistência italiana ao fascismo – Il Ribelli Della Montagna.


Mais de 400 textos em PDF – sobre história, sociologia, filosofia e outros temas

1082421_363188630475536_868957413_o– Textos de História e Ciências Sociais;

– Livros de Foucault, Proudhon, Hannah Arendt, Hobsbawm, Paulo Freire, Jean Paul Sartre, Ladislau Dowbor, Nietzsche, Rousseau, Carlo Ginzburg, Marc Bloch, Peter Burke,  Leon Tolstoi, Malatesta e outros;

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– E outros…

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O que dizem as máquinas

F. Pi y Arsuaga

Contos Anarquistas

Contos Anarquistas. Diversos Autores. Organizado por: Arnoni Prado, Foot Hardman e Claudia Leal.

O carvão em brasas crepita no forno; ferve borbulhante a água na caldeira; o pistão comprime o vapor; o pistão empurra a manivela; a manivela movimenta o eixo, faz girar o poderoso volante, e, enquanto a máquina ruge como um cansado monstro, a correia sem fim põe em movimento outros eixos e outras roda, outras correias e outras máquinas. A indústria marcha, a produção aumenta, o operário trabalha.

Como é belo o poder da inteligência humana! À sua invocação o movimento se multiplica e surgem o calor e a luz.

Mas ai!, a máquina ainda pode dizer ao operário:

– Não te orgulhes. Em nada te diferencias de mim. Instrumento de trabalho como eu, teu estômago, assim como eu forno recebe o carvão indispensável, só recebe o alimento estritamente suficiente para que continues a desempenhar tua função mecânica. Sou um instrumento mais valorizado que tu, porque és mais abundante e custas menos. Quando me desgasto, me substituem; quando te desgastas, te abandonam.

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É a mesma coisa; não a mesma coisa, pior; porque tua única vantagem, tua inteligência, converte-se então em desvantagem; a consciência de teu valor passado será teu tormento. Tu como eu, produzes, produzes, como eu, para os outros, e não para ti. Juntos construímos fortunas que te pertencem e que jamais desfrutas. Operário: apodera-te de mim; arranca-me  do braços do velho capital; teu matrimônio comigo é tua única salvação. Deixe de ser instrumento para que o instrumento te pertença. Te quero amo, senhor, não companheiro. O capital  me explora, só tu me fecundas. Só ti quero pertencer.

O chapeleiro, SP, ano I, n. 4, 1º de maio de 1904.

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OPERARIO SEC. XVIII

Modern Times (br/pt: Tempos Modernos) é um filme de 1936 do cineasta britânico Charles Chaplin, em que o seu famoso personagem “O Vagabundo” (The Tramp) tenta sobreviver em meio ao mundo moderno e industrializado. É considerado uma forte crítica ao capitalismo, militarismo, liberalismo, conservadorismo, stalinismo, fascismo, nazismo e imperialismo, bem como uma crítica aos maus tratos que os empregados passaram a receber depois da Revolução Industrial.

Nesse filme Chaplin quis passar uma mensagem social. Cada cena é trabalhada para que a mensagem chegue verdadeiramente tal qual seja. E nada parece escapar: máquina tomando o lugar dos homens, as facilidades que levam a criminalidade, a escravidão. O amor também surge, mas surge quase paternal: o de um vagabundo por uma menina de rua.

Tempos Modernos é ao mesmo tempo comédia, mesmo tempo drama e romance.

(fonte: Wikipedia – em 16 de dezembro de 2012 http://pt.wikipedia.org/wiki/Tempos_Modernos)

ASSISTA: Tempos Modernos – Charles Chaplin 


Elogio Da Dialética – Bertolt Brecht

Selo da antiga Alemanha Oriental estampando Brecht e uma cena de 'A Vida de Galileu.

A injustiça avança hoje a passo firme.

Os tiranos fazem planos para dez mil anos.

O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são.
Nenhuma voz além da dos que mandam.

E em todos os mercados proclama a exploração:
isto é apenas o meu começo.

Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem:
Aquilo que nòs queremos nunca mais o alcançaremos

Quem ainda está vivo não diga: nunca.
O que é seguro não é seguro.
As coisas não continuarão a ser como são.
Depois de falarem os dominantes,
falarão os dominados.
Quem pois ousa dizer: nunca?
De quem depende que a opressão prossiga? De nòs
De quem depende que ela acabe? Também de nòs

O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aì que o retenha?
E nunca será: ainda hoje.
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã.

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CONFIRA NA WIKIPEDIA: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bertolt_Brecht

DIALÉTICA: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dial%C3%A9tica


“o mundo real não é o rancho da pamonha” – PINHEIRINHO

#POR ALKIMIN EM PINHEIRINHO
#NAO ME REPRESENTA
#PARE #ESTADO GENOCIDA
Tucano P$DB fazendo analogia aos nazistas pela atitude fascista tomada por este Estado Genocida em Pinheirinho.

Estar consciente da Luta de Classes nos permite compreender a violência como é posta em prática em suas batalhas injustas e genocidas. Lideradas por semelhantes favorecidos por um Estado que enriquece a minoria que controla as Construtoras e outros cartéis, que lucram com as ações na Cracolândia, nas desocupações no centro de São Paulo, nas queimadas das Favelas, e no caso do Pinheirinho.

Que liberdade é essa em que uma classe de homens mata a outra de fome?– Jacques Roux (1793)

O mesmo Estado que também aliena sua população (não excluindo a Classe Média, em sua zona de conforto), que vive o paraíso econômico e a ilusão de 1º Mundo, que não deixa de ser ilusão para os que vivem nele. Diante desta crença, todos aceitam passivamente sustentar os que gozam de suas economias esgotadas de tantos impostos que os consomem atônitos, mas que aceitam o custo da “felicidade” que o Estado não os proporciona, já que podem comprá-la com a diversão (álcool, novela, carnaval, futebol, cocaína, maconha e sexo) que os cegam diante de tanta felicidade comprada.

Não é possível a passividade, não é concebível a legitimidade de um Estado que não me representa e que patrocina as injustiças sociais, que enriquece com o sofrimento e triunfa com a morte da consciência de cidadania.

“A maioria estava dormindo quando eles entraram. Eu acordei com o barulho do helicóptero. Abri o portão e meu vizinho estava gritando. Eles já estavam quebrando. Não tinha como ficar. Eles entraram em casa atirando. É uma covardia o que eles estão fazendo” – Pinheirinho: Naji Nahas, Alckmin, imprensa e polícia contra 7 mil moradores pobres http://bit.ly/Ao8p0Q

A pseudo-democracia que vivemos hoje nos deixa indignados diante de tantas atrocidades patrocinadas pelo contribuinte, planejadas por uma corja Política e postas em pratica por homens covardes que pouco tem a fazer além de obedecer, cães de um Estado Terrorista que causa a morte de uma maioria posta como minoria.

Morador baleado na ação pode ficar paraplégico  http://bit.ly/yJDw8Y.

No caso do Pinheirinho e de outras ações que ferem a dignidade humana contra esta “minoria” de excluídos que são muitos. Famílias sem a Casa Própria, termo sempre apresentado como “O sonho da Casa Própria”, o qual não deixa de ser um direito do cidadão e não um apenas sonho, e deve ser possibilitado pela União e pelas Federações que a compõe. As famílias vivem uma realidade escondida da mídia televisiva que romantiza as tragédias da desigualdade. Homens, mulheres, idosos e crianças que sofrem com as ações do Estado e de uma Classe Média que aceita as atrocidades e atitudes fascistas de um Estado que realmente representa o grupo de poucos favorecidos.

Diante do ocorrido no passado 22 de janeiro de 2012, em Pinheirinho, comunidade destruída pelo Estado e pela Prefeitura de São José dos Campos, somos testemunha de uma série de embates contra o Direito Civil, Direitos Humanos, Constituição e outros que minha ignorância jurídica não permite ir além, mas que a razão não permite ignorar.

O Estado de São Paulo recusou a soberania e a liminar do Tribunal de Justiça Federal que exigia o descumprimento da ordem da Justiça Estadual. O TJF suspendeu a ordem e a legitimidade da ordem dada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, assinada por uma juíza, que em sua razão pouco racional e não humana permitiu a reintegração de posse do lote da massa falida da empresa de Naji FUCKING Nahas, sujeito protegido pela Justiça de São Paulo, pelo Prefeito de São José dos Campos e pelo nosso Excelentíssimo FÜHER Governador Geraldo PINHEIRINHO Alckmin.

“O grande e imperdoável erro do Judiciário e do Executivo (…)” – Professor de direito civil dá uma aula magna sobre Pinheirinho – e destrói Alckmin em plena Folha http://bit.ly/A6xZqP
“Há um conflito de competências (estadual e federal) e isso só pode ser solucionado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Houve quebra do pacto federativo“, segundo Ophir Cavalcante, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). – OAB classifica operação da PM como ‘ilegal’ http://bit.ly/yc0sLv

O que justifica tal mobilização da força Policial do Estado com o orçamento superior a 100 milhões? Algo muito acima ao investimento que seria possível caso investisse na moradia popular para as famílias daquela terra cheia de sangue do povo morto pela força que favorece com sua “justiça” a máfia da especulação imobiliária. Protegidos pelo Governo que tem posto em pratica de Ação Terrorista de Estado.

2 mil policiais militares, convocados em cerca de 33 municípios, incluindo a Rota e Tropa de Choque, que utilizaram 220 veículos, um carro blindado e dois helicópteros Águia, além de 40 cães e 100 cavalos, armamentos letais como pistolas e automáticas, balas de borracha e gás lacrimogêneo e pimenta.” – Pinheirinho: Naji Nahas, Alckmin, imprensa e polícia contra 7 mil moradores pobres http://bit.ly/Ao8p0Q

Em manifestações de autoridades e discursos oficiais vemos que a atitude tomada pelo Estado foi violenta e não legítima, mas este erro ainda esta sendo permitido. Contudo temos o pronunciamento da ONU que denunciou o Estado de São Paulo por violação dos direitos.

“A Constituição, ainda, garante a todos os cidadãos, como preceito fundamental, o direito à moradia (art. 6º, inserto no Título II, do Capítulo II, da CF).
Desse ponto de vista, a ocupação, para fins de moradia, de uma terra improdutiva, abandonada, sobre a qual o proprietário não exerce o direito de posse, que não serve sequer ao lazer e que pela sua localidade e tamanho precisa, necessariamente, atender a uma finalidade social, não é mera invasão. Trata-se, em verdade, de uma ação política que visa pôr à prova a eficácia dos preceitos constitucionais, cabendo esclarecer que essa não é uma temática exclusiva do meio rural já que as normas jurídicas mencionadas não fazem essa diferenciação e também a Constituição de 1988 passou a admitir o usucapião de imóveis urbanos (art. 183).” – O caso Pinheirinho: um desafio à cultura nacional, artigo de Jorge Luiz Souto Maior http://bit.ly/A4c4Xa

Abaixo há o pronunciamento do Defensor Público Federal, autoridade que foi desacatada pelo comandante da ação Policial ao não suspender a reintegração de posse. O Defensor Público presenciou tal atrocidade patrocinada pelo Estado e pelo contribuinte a uma operação não legitimada pela União.

Depoimento do defensor público Jairo Salvador 

Alguns levam tal questão como problema político da dualidade PSDB e PT. Não sou adepto a este teoria do jogo político, me atento aos discursos da população e da mídia independente que expõe o sofrimento causado pelo Estado a 1.200 famílias que tiveram suas casas demolidas, seus bens queimados, pilhados e destruídos pela maquina estatal, que protege e é “justa” para um homem que deve cerca de 16 milhões em IPTU para a prefeitura, e que a mesma justiça minimizou a divida deste sujeito para 1,6 milhão.

Além de toda a tragédia praticada temos o caso de estupro, exposto e relatado pelo Senador Suplicy em um pronunciamento no Senado: 

O que devemos fazer diante de um problema em que a opinião pública é manipulada pela mídia e aceita tais ações violentas patrocinadas pelo Estado?

Boato ou não há sete casos de morte que ainda são uma incógnita. Seriam os mártires desaparecidos do Pinheirinho, escondidos pelos órgãos municipais de São José dos Campos, pela PM, pelo IML e pelos hospitais.

Estamos diante de algo tão sujo que ao decorrer dos dias nada é comentado na Rede Globo, esta que em sua pseudo-neutralidade censura assuntos e temas que devem ser expostos a sociedade.

Não nos preocupamos com o problema que será apurado pela Assembléia Legislativa de São Paulo, pelo Ministério Público Federal e pela CPI (que está para ser deixada de lado pelo PSDB)? Ironizo a descrença no poder. Está claro o problema da violência e da verba pública mal aplicada em uma ação não legitima que quebrou o pacto Federal. Vamos exercer cidadania e GRITAR condenação aos que permitiram tal violação dos Direitos do Cidadão.

“Em frente à representação diplomática do Brasil na Alemanha, Argentina e França, estrangeiros e imigrantes brasileiros pediram justiça e manifestaram solidariedade aos desalojados sob cassetetes e tiros em Pinheirinho, no 22 de janeiro. (…) manifestantes chamaram a atenção dos que passavam pela embaixada brasileira em Paris. (…) em Berlim também se manifestou em apoio aos moradores da comunidade sob o lema: Todos somos Pinheirinho, com faixas de apoio também à greve de fome de Pedro Rios.” Após 9 dias de greve de fome em frente à Globo, Pedro Rios resiste bravamente http://bit.ly/wSs17l

“O pinheirinho… pinheirinho ó… a nossa luta aqui vale mais que ouro em pó”

O Massacre de Pinheirinho: A verdade não mora ao lado  http://www.youtube.com/watch?v=NBjjtc9BXXY

“Com que júbilo deve cada amigo bem informado da humanidade esperar pela dissolução do governo político! Essa máquina brutal, a única e eterna causa de todos os erros da humanidade, tem males de vários tipos incorporados à sua substituição, os quais não poderão ser removidos senão com a sua total destruição” Godwin, séc XIX.

“O capitalismo é o maior coveiro da qualidade de vida.” Florestan Fernandes, 1981.

Ler:

@BrAcorda – O Grito http://paper.li/BrAcorda/1323407767

Animais merecem dignidade. E as crianças, mulheres e homens merecem menos? Quanto vale a dignidade humana? – http://mariadapenhaneles.blogspot.com/2012/02/animais-merecem-dignidade-e-as-criancas.html

Defensoria desmonta história oficial de Pinheirinho – http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/02/03/defensoria-desmonta-historia-oficial-de-pinheirinho/

ONU vai denunciar violação de direitos humanos em SP
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,onu-vai-denunciar-violacao-de-direitos-humanos-em-sp-,826889,0.htm

‘Não deu tempo de pegar nada’, conta moradora
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/liguei-para-o-190-com-medo-da-policia/

Ricardo Vilches: Tratores destroem casas e eletrodomésticos
http://www.viomundo.com.br/denuncias/richardo-vilches-tratores-destroem-casas-e-eletrodomesticos.html

Pinheirinho tem acessos controlados pela PM e jornalistas são vítimas de abuso policial
http://correiodobrasil.com.br/pinheirinho-tem-acessos-controlados-pela-pm-e-jornalistas-sao-vitimas-de-abuso-policial/362762/

Pedro Rios está no décimo primeiro dia da greve de fome http://correiodobrasil.com.br/pedro-rios-esta-no-decimo-primeiro-dia-da-greve-de-fome/373864/

Pinheirinho não é um caso isolado – Ação no Pinheirinho viola direitos, diz relatora da ONU http://raquelrolnik.wordpress.com/2012/01/27/pinheirinho-nao-e-um-caso-isolado/

Defensoria desmonta história oficial de Pinheirinho http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/02/03/defensoria-desmonta-historia-oficial-de-pinheirinho/

Pinheirinho: Suplicy ouviu relatos de estupros cometidos pela PM http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=174848

O fascismo dos “meninos do Rio”  http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=5454

Os flagelados do Judiciário http://www.tijolaco.com/os-flagelados-do-judiciario/

Construtoras que doaram a Kassab ganham mais de R$ 2 bilhões em contratos http://correiodobrasil.com.br/construtoras-que-doaram-a-kassab-ganham-mais-de-r-2-bilhoes-em-contratos/373715/


Pensamento sobre o Anarco-Primitivismo

A guerra de ideologia anarco-primitivista luta por uma sociedade livre de fato exercendo a liberdade na qual torna-se uma vanguarda de esquerda, diante de uma sociedade democrática, porem não democrática de fato. Embate os bens e a modernidade que busca a constante reinvenção de objetos que entram no consumo desenfreado, ligado ao capitalismo. Busca da simplicidade da vida e da sua estrutura, e a não utilidade da gama de objetos que são recriados a grandes quantidades e escalas, tornando-os lixo excessivo inutilizado.

Esta luta vem a ser de extrema esquerda, com atitudes de vangurda e conservadora diante dos modos de vida adotados na pós-modernidade. Ao adotar a postura de Anarco-primitivista, o sujeito e o “EU” tem de matar a propriedade de fato. Esta que é exposta diante da intimidade entre o proprietário do bem de consumo, ou seja, o dono do objeto e o objeto. Assim ter realmente a postura de não ser detentor do objeto. Para não ser proprietário e assim não pensar nos interesses de um possuidor disso.

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LER: http://paper.li/BrAcorda/1323407767


Queremos quebrar o tabu e tirar a cortina de fumaça de sua ignorância e resistência a informação, saia de sua moral irredutível!

Receba a informação e os argumentos que podem solucionar problemas sociais sérios que expus em outras publicações. Em dois ricos documentários, cheios de informação, embasamento teórico e prático, vemos a aplicação do modo de lidar com o assunto pela razão e saúde pública, os modelos ao qual sempre seguimos de civilização Eurocentrista. Devemos aceitar a maneira a qual lidam com as ditas “drogas”, nada mais são que substancias naturais e sintéticas semelhantes drogas farmacêuticas, até menos prejudiciais que elas. Sejamos racionais, vejamos os pontos e focos distintos dos quais nossa politica tratou do assunto sem razão e com a ignorância violenta.

FHC, no programa Esquenta, argumenta e pensa o assunto –

Resenhei juntos os argumentos de ambos os documentários “Quebrando o Tabu” e “Cortina de Fumaça“, expus os argumentos principais que direcionaram minha opnião sobre o assunto, sendo contra ou a favor eu aconselho a leitura ou apenas que assista.

Com humor inicio, com um ponto de vista preconceituoso que muitos podem ter compartilhado, ao qual discordo:

Documentário estilo Michael Moore do irmão maconheiro do Luciano Huck, sujeito que deve ter se interessado por cinema e fumava maconha, e talvez o pai descidiu colocar em uma facul de cinema na gringa, e o garoto adiquiriu um jeito peculiar de fazer documentário como dissertar um tema, mas o Cortina de Fumaça é de um maconheiro curioso, mais maconheiro quem fez a trilha sonora, este busca doutores e os empresários a ponto de vender o produto ou a manufatura do canhamo, e expor os benefícios da maconha.

Como solucionar o problema atual da violência ligadas ao narcotráfico. Ou seja, o problema de um mercado negro com comerciantes armados, é outro caminho, apenas termine com o produto, faça diferente.

“Nos anos 70, os Estados Unidos declararam Guerra às Drogas. O consumo de Drogas, cada vez mais foi definido como um crime punido com cadeia”.

Lutaram e lideraram esta Guerra, Richard Nixon, Ronald Regan e todos os últimos presidentes norte-americanos.

O Documentário inicia expondo a história do homem e o uso da cannabis em paralelo com as antigas civilizações e o uso de outros entorpecentes como o vinho na Grécia Antiga, até o uso medicinal nos dias da nossa civilização contemporânea, até o momento da proibição devido a resistência a contra-cultura hippie que era a maior consumidora de entorpecentes na sociedade da década de 70, a ponto de a proibição ser uma maneira de atingir a resistência política e opositora as guerras do Governo Norte-Americano, para isso Regan, atingiu este grupo buscando o produto consumido por eles.

A partir de então esta se tornou uma guerra ocidental da nação consumidora que busca aniquilar a matéria prima e as plantações das nações produtoras desta. A ponto de ter o apoio e liderança da ONU nesta questão cultural e moral que se aplica nas nações de primeiro mundo com seus paradigmas sociais e cristãos, que ignoram as outras culturas, como por exemplo a cultura andina e a produção da coca, esta que é a matéria prima da cocaína e está presente na cultura andina desde seu surgimento em rituais e crenças.

Então o FHC lidera a argumentação desta questão, como um trabalho acadêmico de um Sociólogo com a visão de um ex-presidente que seleciona os principais estadistas para argumentar junto dele o problema desta guerra, suas causa, o investimento sem retorno e por fim a busca da solução e o foco principal que o combate não é com o traficante e sim com o produto que deve ser tratado de outra maneira.

O documentário é apresentado e organizado de uma maneira que parece uma dissertação acadêmica, na seguinte organização:

Introdução.
A História.
O crescimento do poder do Narcotráfico.
A opressão policial.

Conta com o depoimento de ex-traficante e de um antigo-delegado desta guerra, entrevistados pelo Fernando Henrique que busca de um ponto a outro para colher informações para seu trabalho.

O helicóptero que desvia do tiro dos traficantes no morro.

É uma cidade em volta de um principado que é o Rio de Janeiro, uma cidade isolada da realidade.

Detalhes da Guerra e da população que sofre com essa violência entre facções rivais e a polícia, sofre entre esse combate que em consequência atinge o povo vulnerável a balas perdidas que resultam em um problema e um trauma social muito mais pesado do que qualquer problema causado em um usuário de droga.

Argumentação do problema e a política penal e suas falhas.

O médico Dr. Drauzio Varela, médico voluntário do Carandiru, expões os problemas dessa política de guerra que não funciona a ponto do crack que é atualmente a pior droga presente na sociedade não consegue ser vencido pelas operações policiais. Depois argumenta o comércio que é feito pelo próprio usuário que pode lucrar pouco com um produto que é extremamente valorizado.

FHC nos Estados Unidos colhe o depoimento do ex-presidente Bill Clinton, antigo líder da nação consumidora que liderou esta cruzada moral e política de uma guerra civil e mundial contra as drogas que nada mais são que um produto que caminha junto da humanidade. Expõe como não foi vitoriosa e foi a pior experiência proibicionista do governo dos EUA na década de 20, esta proibiu o álcool, o consumo e a venda. Exibem as consequências desta política e diante do crescimento do poder das facções ou máfias que cuidavam desde mercado negro que ascendeu de uma maneira violenta a ponto dos EUA terem de acabar com a proibição para solucionar este problema e extinguir o poder das máfias.

Argumenta o Ernesto Zedillo (Presidente do México 1994-2000), esta que é uma das maiores nações fornecedoras de drogas aos EUA, que em troca é o maior fornecedor de armas, que faz um ciclo constante:

O usuário (EUA) compra Drogas (MEXICO) vindas do México vendidas pelo Cartel de Drogas (MEXICO), este que compra armas dos EUA, e tudo isso tem como conseguência a violência nestas duas nações que partilham um comércio e um capital de giro vindo do consumo e que alimenta a violência devido a opressão do ESTADO que não permite tal transação comercial, de maneira que a opressão culpa o usuário e não compreende que isto é uma guerra perdida que recebe muito mais investimento que a educação, devido a um paradigma moral estabelecido em um outro momento da história Norte-Americana. Depois o momento mais crítico que é ignorado na opressão e no combate:

“Toda a culpa é atribuída à oferta e nunca à demanda.”
Carlos Fuentes – Escritor Mexicano (19:13)

E esta guerra é uma das maiores causadoras dos problemas sociais das nações produtoras que possuem uma organização narcotraficante extremamente forte e poderosa que chega a ser tão armada e poderosa que as nações que a combatem, como acontece na Colômbia, onde os narco-traficantes mais poderosos já estão ligados a política. Assim como expõe o Presidente da Colômbia César Gaviria (1990-1994), este que teve seus candidatos opositores mortos, sua irmã assassinada e um irmão sequestrado. Mostra como as redes narcotraficantes são os piores problemas em torno da sociedade que é molestada por essas redes mafiosas para nós.” (0:24:07). E esta guerra destrói plantações de coca da população colombiana que cultiva a centenas de anos por suas razões culturais e sagradas, e não atinge diretamente redes que estão ligadas aos crimes de sequestro que permitem o acumulo de capital para armar estes grupos de comerciantes de um simples produto consumido por uma parcela da população mundial.

Assim como um andino argumenta que a questão da proibição é uma cultura que oprime e massacra uma cultura mais fraca, “(…) Mascar a folha de coca é um ritual ancestral e sagrado população que sofre com essa destruição do cultivo que atinge também a plantação de alimentos e outros produtos cultivados.”

Fernando Henrique entrevista um Médico Voluntário do Carandiru, renomado Drauzio Varela, que simplesmente afirma que não haverá cadeia para tanta gente, para o antigo presidente e sociólogo, além disso mostra que há o uso de drogas na cadeia. O comparativo é feito com o Presidio de Segurança Máxima de Nova York (USA). Drauzio fala da impossibilidade de cura que não existe para a paciente (ao falar de drogas como o crack), e mostra como está presente o trafico e o uso na cadeia, esta que é vigiada e contralada de maneira rígida pelo Estado armado.

Logo seguimos ao depoimento de um ex-presidiário, este fala do sistema penal. Que não adianta nada a reclusão a ponto da cadeia ser como uma formação acadêmica do pior profissional do crime, o Network e a distribuição de vaga para o trafico, este que nada mais é que um vendedor ambulante, que age ou não com violência. E por de trás tem um enorme grupo assossiado do Cartel do poder do comércio da droga, ligados muitas vezes com autoridades políticas, militares e membros do judiciário.

Em sequência passa a dissertar da vida de um ex-policial que vê o fim de sua comunidade depois de encarceirar muitos por uso, posse e por trafico, vê que essa opressão foi feita e dirigida tão violentamente pelo presidente G. Bush, que diz: “que vai tratar disso como um crime que pode destruir sua vida, não importa, isto é guerra, vamos achar lugar onde por tanta gente,” e o policial se enoja ao ver a meta de ao prender, ou seja lucrar com a reclusão da liberdade de um indivíduo, o departamento tem mais lucro com tal ação de reclusão de parcela da população desfavorecida que tem oportunidade de trabalho no crime organizado, e assim torna-se meta de empresa. Assim restringe ao meio social uma grande parcela da população.

“Isso tudo remete ao trafico ilegal e à proibição das drogas” (0:34:25)

Em entrevista o Presidente Jimmy Carther argumenta diversos assuntos com razão e expõe sua experiência falha no combate desta guerra, ao dirigir a nação que liderou o combate global.

Qualquer policial criado na moral cristã ocidental é educado a oprimir o uso do intorpecente leve ou pesado. Embasado neste discurso do qual o intorpecente é ou não mais pesado, o sistema de segurança da Inglaterra estuda o ranking das piores drogas, onde afirma que o tabaco e o álcool são piores que a maconha e esctazy.

Que a sociedade compreenda o argumento do sociólogo preocupado com uma questão ignorada por políticas públicas e tratada com violência. Tais questões devem ser tratadas de maneiras racionais e dialogada junto da população. Contra, moderada ou militante a favor, todos devem expor e compreender o argumento do outro, mas que não sejamos cego, surdo e mudo.

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Vejam abaixo trechos e os documentários “Quebrando o Tabu” e “Cortina de Fumaça”:

Fernando Henrique Cardoso
Sociólogo e cientista político brasileiro, Cardoso foi presidente do Brasil por dois mandatos consecutivos.
Ele comenta sobre uso de drogas e liberdade individual.

Fernando H. Cardoso from COLETIVO PROJECTS on Vimeo.

Fernando Gabeira
Gabeira é escritor, jornalista e político.
Foi descrito pela revista Veja como “o guerrilheiro da lucidez, a materialização das utopias impossíveis”.Nesse trecho da entrevista ele comenta sobre a atual política de drogas.

Fernando Gabeira from COLETIVO PROJECTS on Vimeo.

‪Altas Horas com FHC falando sobre Quebrando o Tabu – ASSIRTIR: PARTE 1 PARTE 2

“Quebrando o Tabu” [DOCUMENTÁRIO COMPLETO] – SITETRAILER

“Cortina de Fumaça” [DOCUMENTÁRIO COMPLETO] – SITEEXIBIÇÃO LIVRE

Cortina de Fumaça from Missawa on Vimeo.

Cortina de Fumaça é um projeto independente, realizado pelo grupo COLETIVO Projects, movido pela vontade de colaborar na construção de uma sociedade mais equilibrada e alinhada com os princípios de liberdade, diversidade e tolerância. O documentário de 88 minutos, traz informação fundamentada para o grande público através de depoimentos nacionais e internacionais.

Busquem maiores informações:

DAR – Desentorpecendo A Razão – Coletivo Antiproibicionista de São Paulo – SITE

Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia – SITE | Documentos da Comissão

Drogas e Democracia: rumo a uma mudança de paradigma – Declaração da Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia – PDF

Quebrando o Tabu e a Comissao Global Sobre Drogas: LINK | OUTROS LINKS | RELEASE EM PDF

Debate realizado pelo Centro Acadêmico 22 de Agosto na PUC-SP com o tema “Legalização, Descriminalização da Maconha, Repercussão na Sociedade e Efeitos no Usuário” com participação do Delegado do Denarc, Dr. Luiz Carlos Magno e do advogado do IBCCRIM Dr. Cristiano Maronna. ASSISTIR

Entrevistas, videos e curiosidades:
Arnaldo Jabor – A descriminalização da maconha
‘Quebrando o Tabu’: drogas ficaram diabolizadas, diz psiquiatra
Diretor de ‘Quebrando o Tabu’: “me olhavam como se fosse maconheiro”
Entrevista de Fernando Grostein Andrade
Entrevista para a Época Cultura
Irmão de Luciano Huck, Fernando Grostein Andrade fala da admiração pelo apresentador
Eike Batista defende
Você é contra ou a favor à legalização da maconha?
JÔ Soares a favor da LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS
Gilberto Gil assume fumar
‘Quebrando o Tabu’ fuma, mas não traga
Fernando Henrique Cardoso fala sobre descriminalização das drogas
Hemp – documentário
Super High Me: A dieta da cannabis (Legendado)


Trecho do conto: A Cidade das almas adormecidas

Por meio deste conto podemos analisar e compreender em que modelo de sociedade em que vivemos e os valores que reproduzimos ao logo das décadas e séculos.

Vários autores. Organização de Antonio Arnoni Prado, Francisco Foot Hardman e Claudia Feierabent Baeta Leal. Editora Martins Fontes, 344 páginas.

A Cidade das almas adormecidas – FELIX LÁZARO

Só a imaginação humana, em sua louca carreira ascendente às regiões do abstrato, pode colocar a Eros na abrupta montanha em que se achava.

Sobre a base de sua cúspide se estendia, como alguma coisa enigmática e inescrutável, a Cidade das Almas Adormecidas, onde moravam os “homens”.

E assim, em perpétua intangibilidade, viveu Eros por espaço de muitos séculos à margem dos que o haviam criado.

Mas chegou o dia em que o deus do Amor se transformou de divino em humano, e disse a seu coração:
– Estou cansado de minha solidão e destas alturas; quero descer até os homens e saber de que maneira vivem. Já é hora – seguiu dizendo – de que mitologia divina criada pelos gregos conheça algo que seja relativo ao mito humano universalizado.

E Eros, com passos firmes e longos, foi descendo da montanha até chegar ante as portas da grande Cidade das Almas Adormecidas. Sobre o pórtico havia uma inscrição, em que se lia: “Europa, Ásia, África, América e Oceania.”
– Alfa! – gritou Eros, e as portas se entreabriram.
O tempo (um ancião de longas barbas prateadas) fez a sua aparição naquele momento e perguntou-lhe:
– Que buscais entre os que dormem?
– Busco aos homens. Que me dizeis deles?
– E que poderia dizer-vos? Entrai e podereis apreciar como vivem, já que a isso chamam viver.

O Tempo abriu as portas, par a par, e Eros em companhia do ancião pôde penetrar no interior da Cidade das Almas Adormecidas.

Um odor húmido, penetrante, semelhante a infinidade de gerações reduzidas a pó, se percebia por todas as ruas e praças.

Sobre a base de um magnífico mausoléu, que servia de pedestal à figura de um herói morto em holocausto à pátria, jazia cravado um enorme ataúde.
– O que contém esta caixa? – perguntou Eros ao Tempo.
– Os restos das civilizações passadas- respondeu aquele.
– Das civilizações passadas?
– Sim, isto é, dos homens que, segundo eles trouxeram as primeiras luzes à Humanidade.
– Falaste de luzes resplendores*?
– Sim.
– Não compreendo. Minha vista é muito aguda e, não obstante, emrredor, só vejo luzes extintas. Porém, vejamos – insistiu de novo Eros. – Quem dirigiu o Destino dos povos na Antiguidade?
– Sacerdotes, reis e imperadores. Que outros personagens podem fazê-lo? Eles legaram às gerações futuras páginas brilhantes para a História, nas quais as grandes conquistas de povos e continentes inteiros sucediam-se umas às outras com prodigiosa rapidez. A Antiguidade – seguiu dizendo o Tempo – foi pródiga em heróis. As condecorações choviam sobre o peito dos reis e imperadores como uma coisa prodigiosa.
Calou-se o Tempo.

Eros, entretanto, reflexionava sobre o que ouvia. E, finalmente, inclinou-se sobre o ataúde e, levantando a tampa, pôs-se a examinar o interior.

Ossos, túnicas e metais preciosos se confundiam em uma massa compacta; porém, o que mais chamou poderosamente a atenção de Eros foi um montão de coroas reais, cetros, cruzes oficiais e outras muitas condecorações de Estado que havia sobre um ângulo de caixa.

E, à vista de tantos ornamentos, pediu ao Tempo que o conduzisse a outros lugares menos silenciosos, porque alí começava a aborrecer-se.

Acedeu o tempo; porém, no momento em que se dispunham a abandonar o lugar, um furacão sacudiu violentamente o ataúde, despejando-o.

E produziu uma coisa assombrosa, imprevista.

Do interior daquele montão enorme de despojos, saíam, em estrepitosa sinfonia, gritos agudos, queixas, risadas de loucos.

Por debaixo dos escudos, coroas e demais ornamentos governamentais, corria um caudaloso rio de sangue humano, e, por entre o sussuro das águas rubras, percebiam-se mães desesperadas, um rumor surdo que era todo um poema de dor humana.
– Que significa tudo isso? – perguntou Eros aterrorizado.
– Significa o fruto, o resultado de todas as conquistas, de todas as vitórias do homem sobre si mesmo. – respondeu o Tempo.
E Eros disse ao próprio coração:
– Onde os homens só vêem louros e vitórias, unicamente, crimes.
– Feche esse ataúde – continuou – que só ossos e horrores contém, e deixemos os nossos antepassados dormindo eternamente, já que nos legaram, somente, obras defeituosas e monstruosos crimes. Sigamos ao lugar onde existem os homens vivos, se é que ainda existem nesta silenciosa cidade.
Passados instantes, achavam-se ambos ante enorme edifício, onde uma multidão informe movia-se ao compasso de um ritmo estranho.

Máquinas, muitas máquinas; buzinadas, fábricas, ateliês, homens, coisas: tudo se confundia naquele local em contínuo tropel.

E o Tempo, dirigindo-se a Eros, disse-lhe:
– Eis aqui os que vivem, os homens atuáis. Vivem em sociedades dirigidas por um Estado.

Vários autores. PRADO, Antonio Arnoni (org.); HARDMAN, Francisco Foot (org.); LEAL, Claudia Feierabent Baeta (org.). Contos anarquistas. Editora Martins Fontes.


Retrato – Sepultamento do Brasil

Hoje encontrei uma senhora, sua filha e seu neto, aguardando a solidariedade de alguém que pagasse uma passagem para uma idosa acompanhada de sua filha com o bebê, que não é permitida passar pela CATRACA nem por solidariedade do fiscal que assistia a angustia e miséria, vieram para São Paulo por um sonho que está se tornando trágica, apenas a quatro semanas e não tem onde morar.

Alan Delon, nome do bebê de seis meses, sua Mãe e Maria Lucia, vieram do Mato Grosso, com pouco de suas economias em mãos, algum tanto de correntes de ouro, barrinhas de ouro, seu futuro, passado e presente, guiados pelo sonho que viram na televisão. São quantas favelas, moradores de rua e toda a população que ocupam prédios em busca de abrigo na cidade que mais tem moradores de rua. Não é evidente?

Sonhos destruídos com a desigualdade social em São Paulo, terra dos quarteirões mais caros, dono da cultura de maior miscigenação imigrante, desde o Indígena, ao Europeu até os pontos mais distantes do mundo e mesmo do Oiapoque ao Xuí, essa Terra de Culturas intensas, esta São Paulo bela e rica, no aspecto Cultural, hoje está mais próxima do “American Way Of Life” do que nunca, somos a nova sociedade do consumo de produtos norte-americanos, idolatramos e queremos ser como eles. [Me excluo desse sonho comum escroto]

Vimos que nossa rica e linda Cultura será esquecida por esse parasita cultural. Não somos o Brasil, estamos distantes dele, vendo e ajudando sua cultura morrer pela do conquistador de mercado, publicidade, imprensa e hábitos de vida. Sejamos fortes diante destes verdadeiros bárbaros. Os impactos culturais e na educação, além do consumo, estão sendo devastadores.

Adeus Brasil, te vejo sendo enterrado por aqueles de sua terra, gente de você mesmo, o sepultam.


Retrato de uma esperança para aqueles que foram esquecidos pelo Estado

“Todo aquele que contesta a autoridade e luta contra ela é um anarquista”, Sebastien Faure.

Um grupo de jovens estudantes dos mais variados cursos, membros de diversas classes sociais, com uma coisa em comum, a indignação ao Estado, que atende aos interesses do Capital e não da população a qual deveria ser ouvida e assistida por este que os ignora e exclui.

Estamos diante de uma selva, um mundo cruel e distante da fantasia exposta pela televisão. Jovens com ideais junto aos excluídos, moradores de rua, crianças viciadas em tíner, adultos alucinados pelo crack. Nesta realidade dura e sentenciada pelas classes que excluíram os que vieram sonhando com uma São Paulo de oportunidades, esta que brilha diante dos olhos de homens que estão nos pontos mais distantes do Brasil e são jogados ao purgatório dos vivos, a rua e a marginalidade que destrói com a humanidade destes sujeitos ingênuos que estão diante da tragédia de suas vidas, a rua, a fome, a violência e o frio. Aquele que sofre ao encontro com o extremista de direita que pode acabar com sua vida ou pode quebrá-lo e destruí-lo, morte para o homem que não existe para o estado. Este pode estar vulnerável a violência policial e ao descaso social. Que por fim encontra um lugar que o abriga, que o trata com fraternidade, e que se choca diante do Jovem que também está perante a um mundo mais suburbano que existe. O choque de realidade do morador e do estudante engajado, pode ser a mais dura lição da realidade a um jovem que não se alimenta do fútil e da ilusão que domina o homem moderno. Somos membros de uma geração pós-moderna e revolucionária de pensamento, que diante de intempéries pode ser a solução para a sociedade no futuro.

Temos pensamentos libertários, uma micro sociedade auto gestora, que conta com a cooperação de todos os membros, que faz decisões consensuais e que coexiste com vários egos. Lutas e bandeiras que vão desde o Tarifa Zero até bandeiras com ideais contra o sistema, pensemos que são todos os opositores e indignados que se juntaram em um espaço anárquico ou uma comunidade libertária no coração de São Paulo, assim como a definição de uma sociedade que não necessita da existência ou presença do governo como mantenedor da ordem, esta que vem com a consciência e fraternidade do companheiro desta comunidade recém nascida. Sem a liderança e sob o respeito ao próximo, a luta é nobre e a ação é tanto quanto.

Universidade Livre, projeto que levam acadêmicos a aulas livres no Anhangabaú, permite acesso ao conhecimento para todos, desde um sujeito formado na USP ao analfabeto morador de rua, que entende melhor de história que o formado em engenharia no Mackenzie. Nobre ação de dividir o prato de comida com o irmão que mora nas ruas a vinte e seis anos, muito mais tempo que a vida do estudante que vos escreve, este que tem apenas vinte e três anos.

Podemos nos chocar e aprender, com a ação que atinge diretamente o vício de crianças de rua, em momentos e outros cruzamos com tais crianças cheirando garrafas de água, esta que geralmente tem 40mls de tíner, quando vemos tal cena, pode pensar em crianças buscando na alucinação do tíner o lúdico que não tiveram, querem ser criança, mas este é o caminho mais próximo da imaginação, a alucinação. Tal retrato é trágico, quando que em minha realidade estaria diante desta imagem infernal ou chocante, vista com os olhos do racional, elas precisam ser crianças nem que seja às 3 horas da manhã, diante de uma bola de futebol e jovens adultos estudantes, cansados de um dia de debates se divertem como crianças e brincam com aquelas crianças que largaram suas garrafas da alucinação de lado para apenas ser crianças. O camelô e amigo Alex afirma que as crianças de rua são filhos de maus pais, ou seja, pais ausentes, assim como daquele jovem da classe media que tem seus pais ausentes, são todos esquecidos pelos adultos. Ver uma criança de aproximadamente sete anos de idade jogando um aviãozinho de um lado para outro por entre as rodinhas de debates, e ter a atenção de um sujeito que o entretêm como um irmão mais velho ou um tio, na madrugada de 12 de dezembro, onde está o pai que não cuida desta vida, cadê a presença do Estado para proteger este menor do mundo cruel e selvagem. Vejam o impacto deste movimento de ocupação. Está diante de um modificador das vísceras, como acordar a população para tal realidade muito diferente do que está acostumado a ver na televisão, como acordar o jovem adormecido diante do novo Brasil “American Way Of Life”.

Passar horas conversando com um ex-presidiário que esteve diante do desmoronamento da “liberdade”, homens que sofrem com a exclusão de outra maneira, e que tem sua dignidade manchada com um carimbo do presídio.

Estive diante de um líder da Cooperativa de Catadores de Papel, outra realidade distante da fantasia, este que não é ouvido pela “autoridade” e que é invisível pela sociedade. Até aonde chega a exclusão da sociedade moderna, temos diversos perfis e grupos dentre os excluídos.

Enquanto poucos debatem as mudanças e ações de luta para o reconhecimento do Estado e da população, na Ocupação do Anhangabaú, outros se agregam pela segurança e chuva de oportunidades para a vida dessas pessoas excluídas, talvez serem ouvidas e ter suas lutas ecoadas.

Um ideal de revolução, que está mais próximo da Revolução Cultural que está fazendo, diferente das ocupações do restante do mundo, enquanto uns ocupam o prédio que abriga o leilão da economia mundial, nós nos deparamos com a realidade que deve ser ouvida e respeitada. Mas que façamos como a ocupação da Espanha, acordemos a população do estado de sono profundo e deitado eternamente em berço esplendido ao som do mar e a luz do céu profundo. Vamos trazer a população às ruas para debate e para lutar por um Brasil democrático. Tenho meus ideais anárquicos, mas a democracia e a fraternidade é o primeiro passo para a evolução anarquista.

“(…) o anarquismo é uma manifestação dos anseios naturais do ser humano e que a tendência a criar instituições autoritárias é que seria uma aberração temporária.” [página 38]

“(…) todos os anarquistas aceitaram a proposição de que o homem possui naturalmente todas as qualidades que o tornam um ser capaz de viver em liberdade e harmonia.” [página 22]

“Quem quer que coloque a mão sobre mim para governar-me é um usurpador e um tirano – eu o declaro meu inimigo” [pagina 36], Proudhon.

“(…) o anarquista rejeita tanto a democracia como a autocracia. (…) A democracia prega a soberania do povo. O anarquismo a soberania da pessoa. (…) As instituições parlamentares são rejeitadas porque significam que o indivíduo abdicou de sua soberania, delegando-a a um representante e, ao fazê-lo, permitiu que fossem tomadas decisões em seu nome, sobre as quais já não tem nenhum controle”. [página 35]

“As coisas não podem ir bem na Inglaterra, nem jamais irão até que todos os bens sejam comuns a todos, até que não existam nem servos nem senhores e sejamos todos iguais. Pois que razão tem aqueles a quem chamamos senhores para aproveitar-se de nós? O que fizeram para merecê-lo? Por que nos mantêm em servidão? Se descendemos todos do mesmo pai e da mesma mãe, Adão e Eva, como podem afirmar e provar que são mais senhores do que nós? Exceto talvez porque nos fazem trabalhar para que eles gastem!” [página 42] John Ball

“o anarquista vê o progresso não como o acúmulo constante de bens materiais ou como a complexidade crescente de estilos de vida, mas em termos de uma moralização da sociedade através da supressão da autoridade, da desigualdade e da exploração econômica.” [página 31]

“ideal, o estado em que o ser humano seria mais livre e em que – senhores de seus sentidos e apetites – os homens teriam maior capacidade para espiritualizar suas vidas. (…) Para Kropotkin, o luxo não é o prazer pelas coisas materiais, mas as delícias – as maiores que um homem pode desejar – da ciência, especialmente da descoberta científica, e da arte, especialmente a criação artística. Ao simplificar a vida de tal maneira que o tempo dedicado ao trabalho seria reduzido, o anarquismo acredita que o homem poderá voltar sua atenção para atividades mais nobres, atingindo o equilíbrio filosófico no qual a morte deixará de ser algo aterrorizante.” Para Proudhon, “a vida humana só atinge sua plenitude quando inclui o amor, trabalho e ‘comunhão social, ou justiça’. Preenchidas essas condições, declara ele, a vida é plena: ela é uma festa, uma canção de amor, um perpétuo entusiasmo, um infinito hino à felicidade. E não importa o momento em que o sinal possa ser dado, o homem estará pronto, pois ele está sempre morrendo, o que significa que está sempre vivendo e amando.” [páginas 30 e 31]

“o anarquista crê num anseio suficientemente forte, capaz de sobreviver à destruição da autoridade e manter a sociedade unida pelos vínculos naturais e livres da fraternidade.” [página 13]

“Não temos medo de ruínas – nós herdaremos a Terra. Não há menor dúvida quanto a isso. A burguesia pode fazer explodir e arruinar o seu próprio mundo antes de abandonar o palco da história. Nós trazemos o novo mundo em nossos corações. Esse mundo está surgindo nesse momento.” Boaventura Durutti, [página 12]

Acreditemos no paradoxo de ordem na anarquia.

WOODCOCK, George. 1912-1995. História das idéias e movimentos Anarquistas. Vol. 1 A Idéia. Tradução de Júlia Tettamanzy. – Porto Alegre: L&PM, 2010;

15 de novembro de 2011.

“Paz é a ausência total de guerra…” AL Alan Nunes

Um libertário teórico e militante… Eduardo Marinho –
http://www.youtube.com/watch?v=NMn_1rQ3sms


15o – acordar para a realidade

Antes de escrever sobre o que eu vi e compreendi do movimento apolítico Ocupa São Paulo e o 15 de outubro. Me deparei com uma realidade dura, injusta e tive uma nova leitura mais humana do mundo que vivemos, compreender os problemas sociais, dentro do ambiente social do centro que se depara com a realidade das ruas e com os moradores de rua, crianças de rua e ver que o estado trata da vida de homens com tamanho desprezo e que todo o valor da vida é descartado para a marginalidade. Antes de expor a leitura desta nobre iniciativa bem elaborada e séria, sugiro a todos compreenderem os documentários abaixo para acordar para o Brasil real e não o lindo mundo da imaginação e da televisão. Para muitos a vida é uma tragédia e para poucos como nos a vida é uma ilusão e a realidade bem alienada ao conto de fadas da classe média.

Sei que em apenas algumas horas que me deparei com a realidade e com o mundo que fui ignorante, em pouco menos que um dia envelheci 10 anos.

Documentário que expõe as idéias e pensamentos do sujeito que foi responsabilizado pelos “protestos” de Londres, John Zerzan:

http://video.google.com/videoplay?docid=-7400393743229742503&hl=en

Conheça o sistema do consumo e o impacto disso na vida de desfavorecidos, ou a realidade de muito, diferente da vida de poucos que vivem e aproveitam da ilusão da riquesa:

A História da Água Engarrafada – Annie Leonard

http://vimeo.com/10751409

O Reino – Sébastien Hary

http://vimeo.com/13810139

A História dos Cosméticos – Annie Leonard

http://vimeo.com/13735569

A História do Mercado de Carbono – Annie Leonard

http://www.youtube.com/watch?v=IPS5jTwo1Tk&feature=player_embedded

Para matar um elefante (A Faixa de Gaza sitiada vista de dentro) – Partes 1 e 2 – Alberto Arce

http://vimeo.com/14678777

To Shoot An Elephant- Parte 1 from Kam on Vimeo.

http://vimeo.com/23707165

To Shoot an Elephant-Parte 2 from Kam on Vimeo.

A História das Coisas – Annie Leonard

http://vimeo.com/2021961

Somos Todos Sacys – Rudá K. Andrade e Sylvio do Amaral Rocha

http://vimeo.com/11609651

Tirem suas conclusões e se deparem com tais problemas que não são solucionados, tal modelo é o que está sendo aplicado aqui. A pior das tragédias é a realidade da vida de muitos sujeitos, se sua vida é o paraíso e o conto de fadas com o objetivo de viver feliz para sempre, trabalhar e voltar para casa assistir um filme, beber, comer e transar, sua realidade é diferente da maioria, acorde para a realidade.

Fonte dos documentários: Blog Viagem no Tempo.
Leiam e vejam:

http://15osp.org/

https://www.facebook.com/acampasampa

https://twitter.com/#!/ocupasampa

http://www.youtube.com/acampasampa

http://www.livestream.com/anonymousBR

http://www.youtube.com/user/AnonKayThePlan

http://ocupabrasil.wordpress.com/

http://ocupario.org/

http://15october.net/

http://ocupasalvador.wordpress.com/

http://acampadasalamanca.blogspot.com/

http://www.occupytogether.org/

http://occupywallst.org/

#AcampaSampa por democracia de verdade no Brasil

Vinte e sete após o histórico Comício pelas Diretas, o Anhangabaú é palco de manifestações por democracia. Passadas duas décadas da chamada “Redemocratização”, é hora de questionarmos se vivemos, de fato, em um país democrático. A cada dia fica mais claro que o poder econômico tomou o controle de todo o processo político, de modo que, diferentemente do que diz a Constituição, não somos tratados como iguais.

Os políticos em Brasília têm poder de decidir por eles mesmos qual será o salário deles e também o salário do trabalhador comum. Basta olhar a diferença absurda entre o contracheque deles e os nossos para ver que eles representam apenas os seus próprios interesses e os do pequeno grupo de privilegiados que concentra a maior parte da riqueza de nosso país.
Eles decidem quanto cobrarão de tributos e também como nosso dinheiro será gasto; eles decidem destruir as florestas e rios sem consultar a vontade das populações indígenas, nem a dos contribuintes que arcarão com os custos da construção da Usina de Belo Monte; eles gerem o transporte público, mas chegam para “trabalhar” de helicóptero; constantemente, policiais (agentes do Estado) extrapolam suas atribuições agindo com violência desmedida contra moradores de rua e da periferia bem como contra manifestantes pacíficos. E pior, fazem isso dizendo estar agindo em nosso nome. Esses e outros exemplos demonstram que ELES NÃO NOS REPRESENTAM.

O movimento popular plural e independente #AcampaSampa propõe democracia direta (real, verdadeira, que esteja presente no nosso dia-a-dia). Defendemos o direito a voz para todos nos debates e queremos mudança completa do sistema politico e exigimos o direito de participar na construção do nosso Brasil. Chega de decisões unilaterais concentradas nas mãos dos mais ricos dentre os ricos.

Anonymous – The Plan

Anonymous é uma ideia de liberdade, nosso objetivo e mudar o sistema atual, desejamos que os governos mundiais façam politica de forma transparente e que devolva a democracia ao povo.


Acordar Anarquista. Hoje é o momento no Brasil

O marxista vê a Revolução Anarquista como apenas manifestação. Cuidado com a tentativa do controle socialista da revolução anarquista que está eclodindo. Agora estou esclarecido. São contra qualquer poder capitalista, assim como a imprensa que cega a população. Por isso que queimaram a veja.

http://video.google.com/videoplay?docid=-7400393743229742503

Ska-p já havia dito: “solamente por pensar (…) não tem como abolir é só manifestação. (…) A cada dia somos mais a cada dia somos mais.” Podemos ver que a revolução anarquista cresce a cada dia. Incrível é acordar e estar consciente neste momento.

ACORDEM AGORA É O MOMENTO DA DIVISÃO CONTRA O CAPITAL. MAS A IMPRENSA ESCONDE, A POLICIA BATE EM 3 ESTUDANTES, A POLICIA FASCISTA SABE DO QUE ESTA HAVENDO E NÓS NÃO.
Após confronto com PM, estudantes invadem prédio da USP

A LA MIERDA REACIONÁRIOS:
Músicas:  SKA-P – A La Mierda. Ska-P -Solamente por Pensar. Carlo Giulianiica

ACORDAMOS PARA A REVOLTA ANARQUISTA MUNDIAL ?!

E VAMOS CONTINUAR COM A CONDIÇÃO RADICAL CONTRA O CAPITAL.
ACORDEI PARA O MOMENTO ANARCOMUNDIAL.

CONCORDAM COMIGO?

Manifestação em Londres termina em violência e confronto com a polícia

leiam o comentário da notícia:

“ADALBERTO | PI / TERESINA | 08/08/2011 13:09
Manifestantes ou Insurgentes?
Se fosse na Venezuela seriam “insurgentes” se manifestando contra o “regime” e clamando por democracia. As prisões seriam arbitrárias e os ingleses e americanos já teriam pedido (determinado) providências à ONU para “proteção” da população civil. ”

Campanha contra a violência na manifestação RTP1 – PRÓS E CONTRAS (campanha Manifestação)

Esse pede paz!
Protesto em Londres tem mais de 40 pessoas presas e 26 policiais feridos

Saques e mais detenções marcam terceiro dia de manifestações em Londres

A manifestação era controlada com violência e sem prisão, sem morte e com bala de borracha, agora estão havendo mortes e cada dia temos mais no exercito de cada lado. Por isso tamanha violência policial. Vemos o atentado ao capital e a luta para destruir a propriedade, esta classe dominante que responde com opressão, violência e ameniza o problema na mídia.

imagens de Londres – protesto

Musica: Ska-P – America Latina Libre!

A Europa acordou antes de nós, a democracia é mais consolidada a ponto da Revolução ou Levante Anarquista ser chamado de manifestação.

Acordem agora é o momento.

Aqui vemos a Manifestação moderada, ainda ligada ao capital e as vontades das classes que querem ascender, é apenas um protesto contra a corrupção, ainda não acordaram para o movimento contra o capital.
Manifestação contra corrupção reúne centenas na Av. Paulista
Poucos estão acordando, com um discurso contrário a manipulação e esclarecidos de seus ideais:
Anonymous Desmascara a veja um show de manipulaca
http://www.misturaindigesta.com.br/2011/10/coluna-do-leitor-sobre-ocupacao-do.html
http://forum.movimentozeitgeist.com.br/viewtopic.php?f=54&t=2288
http://www.dignow.org/post/movimento-acampa-sampa-a-veja-n%C3%A3o-nos-representa-3163361-54631.html
http://www.dignow.org/post/coluna-do-leitor-sobre-a-ocupa%C3%A7%C3%A3o-do-anhangaba%C3%BA-3166141-28486.html
http://forum.movimentozeitgeist.com.br/viewtopic.php?f=54&t=2288

http://www.youtube.com/watch?v=8KtC_OSupB4&feature=share

https://www.facebook.com/event.php?eid=181769615240378&notif_t=event_invite 
Não acordamos, temos o líder comunista que se aliou ao grupo da pior elite aristocratica o PMDB.

Dilma vê aprovação cair, mas é 2ª mais popular da América Latina

o mundo underground está acordando ou está sendo polarizado Skinheads usam briga política como pano de fundo para violência e a direita segue o pensar e está acordando:

“Mas as principais referências do grupo são o jornalista Olavo de Carvalho (que defende a pena de morte para os comunistas), o integralismo (versão nacional do nazismo) de Plínio Salgado e o ultra-conservadorismo de Plínio Correia de Oliveira, fundador da extinta TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade).

Sobre a ditadura militar, Zenaro diz: “Se negarmos com veemência a ditadura não estaremos fazendo nada a mais do que reforçar o discurso comunista. A ditadura foi necessária num contexto”.

Na verdade, ele lamenta a falta de pulso do comando atual das Forças Armadas por não intervir no governo Luiz Inácio Lula da Silva durante o escândalo do mensalão.

“A função das Forças Armadas é respaldar as instituições democráticas. O Legislativo é uma delas. A partir do momento em que existiu um esquema para comprar o Legislativo e as Forças Armadas não depuseram o presidente, elas não cumpriram seu papel”.

Para os jovens da UCC, a USP é um antro comunista, nenhum partido político é suficientemente conservador, a pedofilia na Igreja é fruto da infiltração de agentes da KGB, o sexo é uma forma de idiotização da juventude, Geraldo Alckmin colocou uma mordaça gay na sociedade paulista, Fernando Henrique Cardoso foi o criador de Lula e Lula é o próprio anticristo.”

Seria o Anticristo niilista ? falo besteira ou é o anticristo dito por Nietchz.

Vocês compreenderam o dito acima? É uma declaração de extrema direita.

O mundo explode por outros lados fora do ocidente. Nos também estamos em queda.





Revolta Xenófoba

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/10/atentado-suicida-deixa-3-mortos-e-mais-de-20-feridos-na-turquia.html

Começou no restante do mundo, brasileiros acordem!

Utilizamos argumentos fracos e não abordamos teóricos anarquistas pois não temos o domínio para isso, pedimos que os conhecedores de Bakunin argumentem com embasamento teórico e não apenas com fatos que estão ocorrendo mundo afora assim como nós fizemos.

Nós podemos buscar uma sociedade plena de liberdade!

Nos EUA o movimento é mais calmo, é apenas ocupar a bolsa, sem fogo e violência. 
Enquanto na EUROPA eles destroem tudo pela frente. 
Aqui a luta é pela democracia “real” que é um movimento moderado. 
Mas lá no outro lado é a Anarquia.

Notas Posteriores:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=1qC-Rx7PH5A

Discurso de democracia quando deveria ser anarco
https://www.facebook.com/event.php?eid=258688750828711
http://www.democraciarealbrasil.org/

Manifestação, quase guerra civil na Italia.
http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Manifestacoes-em-Italia-contra-Berlusconi.rtp&headline=20&visual=9&article=399421&tm=7
A Europa está em queda! Vejam o que a imprensa esconde!

Veja a Grécia
http://pt.euronews.net/tag/manifestaces-na-grecia/
http://www.record.xl.pt/fora_campo/interior.aspx?content_id=722482
http://www.google.com.br/search?gcx=c&ix=c1&sourceid=chrome&ie=UTF-8&q=manifesta%C3%A7%C3%A3o+na+gr%C3%A9cia
http://pt.euronews.net/2011/06/16/grecia-escalada-de-contestacao-nas-ruas-e-no-parlamento/







http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ZkB8_bEeMaM

Marcio Scavone – O Titereiro

Hoje é dia de retrato, ele nos recebeu na porta, cumprimentando e analisando cada personagem ou vítima de seu retrato, ele estuda e analisa seu personagem, pensa em como poderá trazer sua intimidade exposta em uma imagem, sendo este um retrato víscerado de seu íntimo, o sujeito capta a alma do retratado, como um pintor trabalhando por horas em sua ilustração de pincelada em pincelada, fotografo tem pouco menos de um quarto de segundo para captar sua obra pronta e pré montada.

O fotógrafo não é o sujeito que aperta o botão, ele retrata uma imagem que já existe em sua mente, busca em lugares e pessoas, sabe o que quer, premeditadamente cria esta imagem, dirigindo o personagem ou indivíduo a ponto de fazê-lo se expor como o fotógrafo deseja. Ele sabe a reação da pessoa, mexe e controla o sentimento dela para torna-la seu fantoche, a ponto de em meio segundo ele moldar, lapidar e compor a imagem e a reação desta marionete, por fim captá-la.

A modelo se sente privilegiada ao saber que é retratada como muitas modelos e poderosos foram, ela tenta por autonomia ajudá-lo a compor uma obra. Esta modelo representa a classe social e os que estão sendo privilegiados pelo curso gratuito, posa junto às cores do Carrefour, patrocinador do curso. Mas o fotógrafo faz com que a modelo, torne-se um alvo, faz a garota se sentir A MODELO, no processo foto-a-foto a excita e acende, a ponto dela se soltar e o fotógrafo ter total controle, é um diretor que controla sua marionete, é um controle mental e comportamental, ou seja, ele modela e flexiona suas ações para seu objetivo.

Nos contou a história de grandes fotógrafos, e o caso de um fotógrafo que no fim de sua vida decidiu que ia queimar toda a sua obra, rolos e rolos de filmes, e se suicidar, mas por interferência de autoridades ele foi impedido de concluir seu último e próprio retrato que iria findar sua própria vida. Parou de fotografar e guardou o que restou de sua obra em um quarto trancado a sete chaves, a ponto de apenas expor uma vez antes de sua morte aos 90 e poucos anos.

Marcio trouxe uma câmera nova digital, mas com a mecânica antiga Hasselblad (eu leigo, acho que é essa). No equipamento ele capta a imagem em RAW que é o negativo “digital”, trata dos tons, saturação e temperatura da imagem, termina de criar a imagem em seu computador, como se tratasse o filme ou negativo no processo de revelar a imagem, ou seja, ele capta a imagem e a cria e pincela em RAW, é um técnico de sua arte. Em quanto fotografa uma imagem em RAW, o leigo fotografa cem imagens em JPEG que nada mais é do que um arquivamento de imagem. Ele mostra toda a sua arte em RAW, manipulando sua ferramenta técnica.

O cara é um mestre de sua máquina, conhece como um engenheiro, todo o processo técnico. Mostrando seu processo desde a origem deste equipamento. Da técnica a história de seu inventor.

É o próprio preparador de seu equipamento para captar sua arte. O fotografo em sua carreira busca a imagem que representa seu mundo e sua imaginação, utiliza o equipamento que nada mais é que seu olho biônico, a extensão de seu corpo.

___

Marcio Scavone (http://marcioscavone.com.br/):


Brazil [resenha]

Título original: Brazil

Direção: Terry Gilliam
Produção: Arnon Milchan
Elenco: Jonathan Pryce; Robert De Niro; Katherine Helmond; Ian Holm; Bob Hoskins; Michael Palin; Ian Richardson
Peter Vaughan; Kim Greist; Jim Broadbent
Gêneros: ficção científica e drama.
Tempo: 132min.
Ano: 1985.
País: Reino Unido

Filme Brazil

Esta dramática  ficção cientifica tem grande semelhança na idéia da obra 1984 de G. Orwell. Contudo é extremamente peculiar com o surrealismo presente, fazendo o expectador viajar para dentro do curioso mundo em que se passa a história do filme. Mas sofre com um enredo bem confuso.

O personagem vive em um mundo totalitário, um tanto hierarquizado e burocrata, com particularidades que nunca vi em outra obra, o Estado em que se passa a ficção é bastante repressor a todos que são contra ele. A obra nos mostra e satiriza a tragédia dos valores e dos costumes da modernidade. Distingui de 1984 nas estruturas estatais e de não estar constantemente em guerra. No Brazil o Estado é muito dependente das maquinas e suas tecnologias, ignorando a possibilidade de falhas no seu funcionamento.

A história tem inicio com justamente a falha de uma maquina que imprime o nome de condenados como terroristas (sujeitos contrários ao Estado totalitário), nesse erro ela faz a troca de algumas letras e condena um funcionário publico por engano ou por sabotagem do guerrilheiro condenado. Este personagem condenado erroneamente é filho de uma influente mulher viciada em cirurgias plástica, que passa por bizarros e rudimentares métodos para esticar a pele.

Em paralelo a história há uma outra, em um cenário completamente diferente, como se fosse uma outra vida ou um mundo de sonhos, lá há um romance entre o personagem principal e uma misteriosa mulher que ele busca constantemente encontrá-la, o curioso é que estes personagens voam e se perdem dentro deste cenário fantasioso que mais parece um labirinto verticalizado. Já no mundo real ele busca por ela constantemente.

Curioso é que a única relação entre o filme Brazil e o Brasil é a repetida trilha sonora Aquarela do Brasil.

Esta obra nos faz refletir algo parecido ao que refletimos ao ver o filme 1984, tanto o perigo do controle do Estado sob a população e também critica os valores de nossa sociedade pós-moderna e burocrata.


A Ponte [resenha]

Título original: The Bridge
Direção/Produção: Eric Steel
Gêneros: Documentário.
Tempo: 93min.
Ano: 2006.
País: EUA.

Documentário – A Ponte

Documentário que busca os motivos e a história de pessoas que cometeram suicídio na ponte Golden Gate Bridge de São Francisco.

A equipe do documentário filmou durante um ano, vinte quatro horas por dia a ponte e em pelo menos 2 vezes ou mais por mês algum indivíduo cometeu suicídio neste local, jogando suas peculiares e preciosas vidas ao choque com a água do mar neste triste ponto em que se pode avistar ao longe a ilha da antiga prisão fortificada de Alcatraz. Após isso a equipe tenta reconstruir a vida destas vítimas de suas próprias vidas, partindo do fim ou exato momento de suas mortes a busca de suas histórias por meio do contato com familiares e amigos para tentar compreender o que os levaram a tal nefasto destino.

Das histórias que mais me comoveu é a de um jovem que tem sua história contada por seus pais, este jovem que já tinha tentado findar sua vida por outras duas tentativas sem sucesso, ele afirmava que a terceira seria eficaz e o sucesso desta missão seria sua triste morte e dor ao ser lembrado por seus pais que o amavam, mas compreenderiam sua opção. Há uma fotografia que mostra o rapaz e a ponte ao fundo, em fevereiro de 1982. Tal imagem nos faz pensar na importância deste encontro que fascinou e o fez escolher este local para suicidar-se, a fotografia o exibe com vida no local em que ele acabou com sua vida para libertar seu corpo e sua angustia.

Em um momento o pai comenta a questão que atormentava a consciência de seu filho:
“Ele questionava se as pessoas consideravam o suicídio um pecado. Ele me perguntou isso muitas vezes. “Eu disse que isso é algo inerente de um homem. Pelo menos ele me agradeceu por lhe dizer a verdade. Você sabe, eu não penso que Deus vai responsabilizá-lo por algo que você não pode controlar. ‘Ele disse: Não sei se vou voltar ou não. Se não, fique sabendo que estarei em paz.’”
E o pai conclui falando que não queria que o filho ficasse em uma gaiola dentro de si próprio. Estas palavras exibem a compreensão do pai sobre o problema de seu filho que só se sentiria satisfeito com a própria morte.

Este rapaz pouco antes de cometer o suicídio foi indagado por dois homens que perguntaram a ele se não iria pular, eles acharam que o jovem apenas estava atravessando A Ponte, e suas últimas palavras foram, “É um longo caminho até lá embaixo”, de qualquer maneira chegamos a compreender que o jovem estava sim atravessando a ponte, mas em outro sentido além da compreensão de um transeunte da ponte.

Antes do suicídio ele fez diversas fotos da ponte, provavelmente para exibir o que seu olhos viam. Tais fotos são carregadas do sentimento de um suicida, como se por meio delas ele escrevesse sua carta.

Outra história triste e incrível é a de Kevin, que pulou da ponte e sobreviveu, pois no momento da queda decidiu sobreviver, lutou e resistiu a morte, quase morreu devido as fraturas e hemorragias. Seu pai e ele contam a história dos momentos que antecederam o ato e o que aconteceu após a tentativa de suicídio. Kevin relata suas aflições, agonia e seus tormentos, e os problemas que tem em casa devido o modo que sua família o vê, até hoje ele é acompanhado por ajuda psiquiatrica.

São cerca de seis a oito histórias contadas de pessoas que encontraram seu caminho final na ponte. O documentário nos mostra em seus minutos finais os tristes números da Golden Gate Bridge. No ano da gravação, 2004, foram vinte quatro pessoas que pularam para a morte. Nos últimos segundos eles exibem a lista dos nomes e datas de morte dos suicidas, na qual três corpos nunca foram recuperados.

Gene, outro que findou sua vida na Golden Gate, sua história é contada por sua avó e seus amigos mais próximos, são relatadas suas experiências com os amigos até a sua relação com sua mãe que faleceu pouco antes de seu suicídio. Seus amigos não compreendem sua escolha, mas sua avó foi a melhor a compreender a triste atitude de Gene. No documentário são exibidas cenas em que ele caminha sob a ponte até o momento de seu corpo tocar a água.

Este documentário nos faz compreender quão delicado é este tema do suicídio, que vai além da nossa compreensão, mas está escrito na história de vida destas pessoas carregadas de uma vontade e constante busca para acabarem com seus tormentos, por meio de uma triste solução e incompreendida muitas vezes por seus amigos e familiares.

Site Oficial:http://www.thebridge-themovie.com/new/index.html


FREI TITO

Quando secar o rio da minha infância
secará toda dor.
Quando os regatos límpidos de meu ser secarem
minh’alma perderá sua força.
Buscarei, então, pastagens distantes
– lá onde o ódio não tem teto para repousar.
Ali erguerei uma tenda junto aos bosques.
Todas as tardes me deitarei na relva
e nos dias silenciosos, farei minha oração.
Meu eterno canto de amor:
expressão pura da minha mais profunda angústia.

Nos dias primaverís, colherei flores
para meu jardim da saudade.
Assim, externarei a lembrança de um passado sombrio.

Paris, 12/10/1972 – Frei Tito

Comovente poema declamado no fim do filme Batismo de Sangue da triste história de luta do Frei Tito, este que foi torturado pelos militares durante o período da Ditadura Militar na década de 70.


Os Famosos Duendes da Morte [resenha]

Título original: Os Famosos e os Duendes da Morte
Direção: Esmir Filho
Roteiro: Esmir Filho e Ismael Caneppele, baseado em livro de Ismael Caneppele
Produção: Sara Silveira e Maria Ionescu
Elenco: Henrique Larré, Ismael Caneppele, Tuane Eggers, Samuel Reginatto.
Gêneros: Drama.
Tempo: 1h35min.
Ano: 2010.
País: Brasil.

Filme – Os Famosos Duendes da Morte

O filme inicia com um garoto assistindo o vídeo de uma linda garota com o namorado (Julian). E pouco antes ele escreveu em seu blog um poema que narra sutilmente toda a história do filme. A trama se passa em uma pequena colônia no Rio Grande do Sul.

Em uma cena extremamente trabalhada pelo diretor, este garoto aparece fumando maconha com seu melhor amigo no trilho de trem que corta a cidade. Esta cena tenta retratar o efeito que o entorpecente causa aos jovens e as alucinações, junto do tempo correndo em velocidade reduzida e prazerosa.

Ao decorrer vemos outra cena delicada, o jovem e seu amigo Diego encontram Julian (namorado da garota Jingle Jangle que estava no vídeo). Após isso ele começa a ter alucinações com a garota e o vídeo da vida dela correndo pela ponte que fica na divisa da cidade com o restante do mundo.


Outro momento ele sonha com Julian, o mesmo que ele havia encontrado na rua, este homem estava tocando flauta, sentado em um banco e iluminado por holofotes, como se estivesse em um show, depois disso o garoto vê a garota de camisola na ponte.

Após o dia passar este jovem escreve em seu blog uma poesia para ela: “Estar próximo não é físico”. Em outro vídeo que ele vê, sua alucinação vai além e ele sente como se estivesse afetuosamente junto dela. Com isso nos mostra como ele se conecta não fisicamente com a garota virtual.

[Trilha Sonora por Nelo Johann]

Por meio do programa de computador de conversa instantânea, MSN, ele tem diálogos com alguém, em suas palavra ele diz querer acabar com tudo isso, a pessoa de nickname “E.F.” responde a ele “na ponte?” “Voe para longe!”. Isto nos faz pensar o que o garoto busca e como irá voar para longe, com vida ou sem ela.

Esta obra tem pouco diálogo, pois as cenas são carregadas de sentimento e de significado que nos fazem compreender toda a trama, já as poucas falas são extremamente poéticas.

Em uma forte cena de um pesado sentimento melancólico, antes do amanhecer o garota passa próximo a casa e Julian e o vê na janela de seu quarto ascendendo e apagando a luz em um pequeno intervalo de tempo. Já ao clarear do dia frio e cinza da cidade, o jovem visita sua avó que o deixa por alguns minutos junto de seu avô que só compreende e fala alemão e o observa com muitas dúvidas, como se não conhecesse seu neto, uma triste contato que mostra o mundo que os separa, pouco antes disso sua avó diz que sonhou com seu jovem neto, em seu sonho ela caminhava próximo a porta de seu quarto e o ouvia chorar. Podemos perceber que sua solidão e tristeza é percebida por sua avó que sente como está seu neto com mais clareza ou com mais sentido que sua mãe que o vê diariamente, mas que mesmo não tem a mesma percepção que a avó.

Logo ao sair da casa de sua avó ele se aproxima da ponte e lá encontra muitas pessoas e inclusive seu melhor amigo Diego, que conta o que houve com a mulher que cometeu suicídio pulando da ponte, esta que está boiando morta na outra margem do rio, enquanto muitos na ponte fazem seu velório enquanto aguardam que o resgate chegue para recolher seu corpo, esta que era a mãe de duas crianças órfãs de pai e agora de mãe, colegas dos jovens na escola. A justificativa dela para tal ato segundo o que dizia em seu bilhete, era que precisava ver o pai das crianças (morto a dois anos). Ao decorrer as imagens mostram os momentos do suicídio. Em uma conversa que o jovem tem com seu amigo enquanto observam o corpo, o jovem diz que parece que a ponte o puxa para baixo. A partir daí ele começa novamente a ver imagens da misteriosa garota com Julian, ambos estão na ponte prontos para pular, então a vemos pular para ela findar sua jovem vida neste ponto de divisão entre a colônia e o caminho que os libertam desta melancólica e fria cidade. Então o Diego, começa a contar o que causou na família o suicídio de sua irmã, esta que é a mesma garota dos vídeos e das alucinações.


Diego fotografa o rosto do jovem sem nome, no momento em que ele salta da mureta da entrada de sua casa, tal cena faz referência quando fala que queria fotografar o rosto deles (suicidas) no momento em que saltam para a morte, pois ele queria ver se no último momento eles se arrependem.

Já em casa o jovem, discutindo com sua mãe por não ter levado flores no túmulo do pai, eles dizem alguma palavras impactantes:

“Mais tarde quando você ver, teu tempo ficou aqui nessa casa” – mãe.
“Dava um tempinho pra você visitar seu pai.”
“O veio já apodreceu e tu fica fazendo visitinha pra ele”
“Se tu não se importa, eu me importo” – mãe.

Na noite da festa junina, evento que reúne toda a colônia, o jovem está só encontra por acaso com o namorado da garota, encostado em seu fusca branco, eles bebem e o namorado da garota fuma maconha, eles decidem sair de lá e ir para algum lugar, sem planos, até que eles chegam ao trágico local da ponte, este mesmo local onde a garota se suicidou, nesta cena podemos ver as lágrimas nos olhos dos dois por lembrar da mesma garota amada por eles, esta ponte parece não terminar nunca, enquanto isso o rádio cruza com duas rádios, uma toca as músicas da festa junina, cantada em alemão e outra que toca a música tema. Depois de atravessarem com grande pesar a ponte que foi o ponto de suicídio de muitos, eles chegam a uma plantação e a atravessam a pé, até chegar em uma rede de distribuição de energia elétrica, lá ambos tem alucinações de serem acariciados com afetos pela garota, próximos aos cabos de alta tensão, os rostos dos três se tocam e a iluminação da cidade ou colônia acaba, provocada por alguma coisa que fica livre a compreensão do espectador.

O garoto aparece na festa com o semblante triste como se estivesse se despedindo de sua mãe, ele dança com ela e a abraça chorando, e some e a deixa aos prantos. Após esta triste cena ele aparece na ponte, como se estivesse se preparando para o suicídio, mas esta obra termina com a silhueta do garoto sumindo aos poucos ao longo da ponte como se estivesse atravessando a ponte para o outro lado e nos fica a dúvida para saber se ele cometeu suicídio ou se foi para fora da melancólica cidade, com destino ao desejado show do Bob Dylan que era
o objetivo do jovem no início do filme.

Esta obra retrata uma melancólica e triste paixão platônica de um garoto pela irmã suicida de seu melhor amigo. A história não está nos diálogos e sim nas imagens fantásticas, que mostram o presente e o passado se encontrando em um paradoxo temporal em uma mente criativa e adolescente de um apaixonado. Esta é uma bela e poética obra de arte que nos comove e busca nos fazer compreender os anseios de um adolescente em uma cidade distante do mundo e voltada para os costumes do passado que se chocam com a realidade virtual e com as novas gerações que querem um mundo novo. A trilha sonora foi escolhida com extremo cuidado pois nos ajuda a conectar completamente com esta obra.

Filme gravado nas cidades de Lajeado, Arroio do Meio, Estrela, Roca Sales, Teutônia e Catiporã, no Estado do Rio Grande do Sul.

Links Relacionados:

Desintegration

Site do Filme: [Link]

Entrevista com o Diretor: [link]

Premiações

FESTIVAL DO RIO
Ganhou
2009 – Redentor de Melhor Filme
2009 – Prêmio FIPRESCI

FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE GUADALAJARA
Ganhou
2010 – Prêmio Público Milênio de Melhor Longa Iberoamericano de Ficção
2010 – Melhor Fotografia para Mauro Pinheiro Jr. (categoria Longa Ficção)
2010 – Prêmio FIPRESCI


21 de maio de 2011

Como se todos fossem loucos por natureza,
será que são loucos, achava que eu era louco.
Sou Lúcido. Luciano!

Criação de Verdade…
Loucos com uma sobriedade de extrema criação superando os momentos de máxima inspiração,
com seu antigo companheiro eles se compreendem demais.
De loucos para pseudo-lúcidos.
Notas Mentais de um Esquecido.


1984 [resenha]

Título original: 1984
Direção: Michael Radford
Produção: Umbrella-Rosenblum Films Production.
Elenco: John Hurt – Winston Smith, Richard Burton – O’Brien, Suzanna Hamilton – Julia.
Gêneros: ficção científica e drama.
Tempo: 113min.
Ano: 1984.
País: Reino Unido

Filme – 1984

O Filme é uma dramática ficção científica, baseada na obra de George Orwell. A história se passa em uma Nação, Estado ou País, chamado Oceania. Que está em guerra por logos anos com a Eurásia e depois com a Estásia, controlada pelo confuso nome de Ministério da Paz, nome conflitante, mas característico na obra, pois faz o jogo de inversão com o nome dos Ministérios e suas funções, como por exemplo, o da Paz (que lida com a guerra), o do Amor (que é responsável pela espionagem, julgamento, opressão e tortura aos contrários e opositores ao regime) e o da Fartura (este que altera dados estatísticos para criar uma falsa noção de fartura, mas que na realidade encobre a escassez dos produtos de todos os tipos), nada mais é que o oposto do que realmente significa. Os Ministérios são responsáveis por manter a harmonia da ideologia do Partido e a população, independente dos meios usados por eles.

Um dos meios mais geniais, bizarros e vergonhosos de manipulação e controle do pensamento da população é a língua, chamada de Novilíngua, criada pelo Ministério da Verdade, mas tal língua ainda estava em construção, porém quando concluída poderia por si só impedir qualquer pensamento e expressão contrária ao regime, pois é composta do paradoxo, duas expressões ou pensamentos conflitantes fariam o uso da mesma palavra e aceitar tais significações opostas, como o caso dos nomes dos Ministérios.


A Oceania passa por um regime totalitário e de controle extremo da população que em sua maioria é operária e são alienadas as suas vontades, pois vivem sob um controle total de suas ações pelo estado, não podendo se relacionar intimamente ou ter qualquer emoção com as outras pessoas. Tal Estado reprime qualquer tentativa ou pensamento que possa ser contra o ele o Grande Irmão que está observando a todos, por meio de uma espécie de televisão que mostra os dois lados, tanto para quem observa como para quem aparece, é como chamamos atualmente de vídeo conferência, como se na televisão houvesse uma câmera, mas muitas das vezes a imagem que aparece é apenas o Grande Irmão, este dispositivo é chamado na obra como Teletela.

Os personagens principais são Winston Smith e Julia, são dois proletários que se relacionam secretamente, pois sexo se não para a procriação é considerado crime, até que a chamada Polícia do Pensamento os descobre e além disso encontra alguns dos escritos e pensamentos de Smith que o condena a prisão, mas após Smith ter recebido um livro com conteúdo criminoso de O’Brien que pertence a um alto cargo do partido. Sendo que este homem, é o mesmo que controla a tortura e a penitência de Smith.

Smith trabalhava no Ministério da Verdade, orgão que cuida da informação, fazendo o trabalho burocrata de refazer a história da Oceania, tornando todos os feitos eternos, infalíveis e limpando qualquer vestígio de erro do Partido, refazendo ou retificando  documentos, notícias e outros dados que possam ser diferentes da verdade presente do Partido. Este personagem sofre com a falta de suas lembranças da infância, ou de anos anteriores a mudança política, apenas recorda do momento em que saiu de casa, travessura de criança, quando retornou e encontrou sua mãe morta.

Ao longo da história, aparecem personagem confessando seus crimes, mas após as torturas e lavagem cerebral, assim eles mesmos confessam e justificam seus atos como “Distúrbios Mentais”. E o Partido os apaga da história, excluindo todos os registros destes homens, documentos e qualquer vestígio de que existiram.

Algumas falas do personagem muito chamou minha atenção:

A frase: Big Brother is Watching You (“O Grande Irmão está te observando”) conota especificamente a vigilância invasiva frequente.

“Crime Mental significa a morte.”

“Tudo desaparece na neblina. O Passado é apagado, o que foi apagado é esquecido. A mentira torna-se verdade e logo vira mentira de novo.”

“A guerra é feita pelos dirigentes contra seus cidadãos. E seu objetivo não é a Vitória sobre a Eurasia ou Estasia… mas manter intacto o equilíbrio da sociedade.”
Encontrei um comentário na Wikipedia sobre o livro que muito se aplica ao que acontece no filme e conclui o objetivo da guerra constante, presente na obra de Orwell.

“No livro, Orwell expõe uma teoria da Guerra. Segundo ele, o objectivo da guerra não é vencer o inimigo nem lutar por uma causa. O objetivo da guerra é manter o poder das classes altas, limitando o acesso à educação, à cultura e aos bens materiais das classes baixas. A guerra serve para destruir os bens materiais produzidos pelos pobres e para impedir que eles acumulem cultura e riqueza e se tornem uma ameaça aos poderosos. Assim, um dos lemas do Partido, “guerra é paz”, é explicado no livro de Emmanuel Goldstein: “Uma paz verdadeiramente permanente seria o mesmo que a guerra permanente“. ( http://pt.wikipedia.org/wiki/1984_(livro) em 19 de maio de 2011.)

Tal obra faz é extremamente curiosa e recomendável, pois faz um paralelo entre os regimes totalitários de Hitler e Stalin, e cria um pano de fundo muito mais atraente do que o Drama dos personagens que nele aparecem, tal pano de fundo é criado com extrema delicadeza de descrição, prendendo a atenção do telespectador nas quase duas horas de filme. Depois dessas horas de filme, levamos um bom tempo para digerir como o controle do estado sobre o povo é perigoso e deve ser combatido, para evitar tais abusos a integridade do cidadão.


Na Natureza Selvagem – Into The Wild

Há alguns dias assisti esta obra de arte que nos instiga a liberdade e nos faz rever nossos valores e o que buscamos em nossas vidas, listei algumas falas do filme que quero eternizar em minhas notas. Recomendo a todos aventureiros de coração a assistir esta missão de uma vida e se comover com as experiências enfrentadas por Chris ou ALEXANDER SUPERTRAMP .

1- Saída de Fairbanks.
2- Atravessei rio grande.
3- Dia da “Denali”.
4- Dia do autocarro mágico.

Ele andou por dois anos. Sem telefone, sem piscina, sem animais, e nem cigarros.

Última liberdade. Um extremista. Um viajante simpático… cuja estrada é seu lar.

“Ei, escute, velhote. Não me psicanálise, certo?”

“Cale-se. Estou te dando carona. “

“Para onde você está indo?”

“Já disse. Estamos sem destino!”

Então, depois de dois anos de aventura, chega a última e maior delas.

A luta climática para matar o falso ser interior… e vitoriosamente concluir sua revolução espiritual.

Para não ser mais envenenado pela civilização, ele foge, e anda só pela terra para se… perder na natureza selvagem.

Auto-retrato encontrado, em sua câmera e depois revelado

Percebi que as palavras no meu pensamento… tinham cada vez menos significado. Chris estava escrevendo sua história, e teria de ser o Chris a contá-la.

A FELICIDADE SÓ É VERDADEIRA QUANDO É PARTILHADA TIVE UMA VIDA FELIZ, OBRIGADO SENHOR. ADEUS E QUE DEUS POSSA ABENÇOAR A TODOS!

O SELVAGEM ALEXANDER SUPERTRAMP – MAIO 1992

Tratar cada coisa pelo seu verdadeiro nome.” “Pelo seu verdadeiro nome.”

Direção: Sean Penn.
Roteiro: Sean Penn adaptando livro de Jon Krakauer.
Elenco: Emile Hirsch, Marcia Gay Harden, William Hurt, Jena Malone, Catherine Keener, Vince Vaughn, Kristen Stewart, Hal Holbrook.
Ano: 2007 (EUA) / 2008 (BRA).
Gênero: Biografia, Drama.
Tempo: 140 min.


1ª Aula – Moema é morta [1º Curso de História da Arte – Pinacoteca do Estado de São Paulo]

São Paulo, 16 de outubro de 2010.

Curso de História da Arte – Pinacoteca do Estado de São Paulo

MOEMA - Rodolfo Bernardelli (1852-1931)


1ª Aula – Moema é morta.

– Alexander Gaiotto Miyoshi

– Tese de doutorado em História da Arte defendida na Unicamp em março de 2010, sob a orientação do Prof. Jorge Coli. Período da tese, março de 2007 à março de 2010.

Estudo da Arte Brasileira do século XIX, segunda metade deste século, pintura e arte. Sobre a escultura Moema de Rodolfo Bernardelli (o exemplar está na Pinacoteca do Estado de São Paulo) e a pintura de Moema de Victor Meirelles (MASP), tal personagem retratada por estes dois artistas é personagem da obra literária Caramuru que é um poema épico do frei Santa Rita Durão. obras que inspiraram a tese.

O autor da tese fez o comparativo entre a obra literária, textos poéticos, pinturas e a escultura, inspirados em uma personagem secundária do Caramuru, que teve uma grande evidência, a Moema, indígena.

O palestrante abordou os seguintes temas durante o seminário:

– Origem literária;
– Exotismo;
– Erotismo;
– Retrato de mulheres mortas;
– Nacionalismo;
– Transformação dos significados de Moema: o “confronto” com Paraguaçu e a mulher indígena morta como representação alegórica do Brasil;
– Iracema (anagrama de América, segundo Afrânio Peixoto, 1931);
– Paraguaçu;
– Lindoia (personagem de outra obra épica que não se tornou alegoria, por ela se apaixonar por um índio e não um branco, como no Caramurú).

MOEMA - Rodolfo Bernardelli (1852-1931)

No início do século XIX veio a primeira representação da obra literária, feita por um autor desconhecido, na pintura “Episódios da Vida de Diogo Álvares Correia”, em Salvador, pertencente ao acervo do Mosteiro de São Bento da Bahia. Nesta obra Moema aparece de forma secundária ao fundo da obra e distante da evidência em que está Paraguaçu. Já a segunda representação feita da obra, foi a capa de uma edição francesa, em meados de 1830, tal imagem não aparece Moema, apena Caramuru e Paraguaçu. A terceira representação é semelhante a segundo, mas de uma edição portuguesa de 1835. A quarta é uma edição de 1935 onde há uma ilustração colorida de Moema agarrada ao leme do navio de Diogo. O palestrante exibe outras obras (pinturas) que exibem Paraguaçu que tem uma educação cristã, diferente de Moema que era mostrada como uma indígena selvagem e arredia.

Expos poemas que citam Paraguaçu e Moema. Um deles foi o Poema de Castro Alves e o compara com uma ilustração de Paraguaçu em guerra e outra de Victor Meirelles que exibe uma cena de um navio brasileiro na Guerra do Paraguai, que nesta momento o Brasil estava em guerra e a imagem de Paraguaçu foi usada como alegoria.

Alexander iniciou o tema do Exotismo da obra e expôs fatos importantes do final do século XIX, um deles foi que um importante crítico português sugeriu que as obras de Arte do Braasil (já independente) se espelhassem na Epopéia Caramuru.  E um importante crítico Francês, no mesmo período, fez uma recomendação da obra.

O autor da tese mostra que no mesmo período da metade do séc. XIX, muitas obras exploraram temas sensuais como releituras de Vênus, que foram muito criticadas. Já a imagem de Moema de Victor Meirelles (1866), que está nua morta na praia, porém é uma nova criação de seu corpo na praia, mas esta é uma nova criação para a narrativa, pois na obra Caramuru ela morre afogada e seu corpo some nas profundas águas do oceano. Mas o autor da tese, interpreta que a representação de Victor Meirelles pode ter se inspirado em um antigo epigrama grego.

Vitor Meirelles - Moema

Ele faz uma leitura da obra de V. Meirelles de que Moema mostra um povo que está em extinção (os indígenas), ou de que o Brasil estava se esvaindo a outras nações. Um detalhe sutil no quadro de um tronco retorcido, segundo o palestrante, pode ser a questão ambiental que estava sendo discutida pelos intelectuais, chamada de secamento das terras, discutidas no ambiente de intelectuais freqüentado por Victor. E podemos observar que na obra apesar das águas do oceano estarem a mostra há uma impressão de seca.

Já a Moema de Pedro Américo, tal obra exibe Moema nua deitada na praia de frente a lua e o oceano, ao fundo se vê a Nau de Diogo. Tal obra é considerada realista (obra sem data).

A Moema de Rodolfo Bernadelli (1894-95), que é uma escultura, usou uma modelo viva, ou seja, representação tomada do real. O palestrante detalha que a obra busca dinamismo, que busca o movimento das águas  que envolvem o corpo de Moema. Além disso ele exibe outras obras de Bernadelli que mostram  o movimento presente em suas obras e também exibe outras que podem ter inspirado o autor.

Por fim o palestrante faz uma comparação entre Moema e Iracema que compartilham uma história de índias que se apaixonaram por um Branco, algumas obras tanto de uma quanto de outra, se confundem devido a semelhança, ambas eram uma alegoria do Brasil de 1920, período do centenário da Independência.